Já faz um tempo que a Uber colocou, para si mesma, a meta de se tornar uma empresa com zero emissão de poluentes. Mas, com mais de 3 milhões de motoristas em 700 cidades espalhadas pelo mundo, isso pode não ser tão fácil.
Por isso, ela foi abrindo várias frentes ao mesmo tempo, com data para cumprir a meta até 2040. Uma delas é a inclusão de carros elétricos na frota, mas não há previsão de quando esse serviço pode chegar ao Brasil.
Por enquanto, uma alternativa que temos aqui é a do Uber Planet (ou Comfort Planet). Com ela os clientes pagam um pouco a mais pela corrida e compensam a produção de carbono (CO2), apoiando a preservação da Floresta Amazônica.
Como usar o Uber Planet?
A lista de cidades participantes vai aumentar cada vez mais. No começo a proposta abrangia apenas Florianópolis, Natal, Maringá, São José dos Campos e Campos dos Goytacazes. Agora, já inclui São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife.
Para quem quiser causar um menor impacto ambiental e utilizar essa modalidade de viagem, os valores ficam em média 5% acima de opções como a do UberX ou do Uber Comfort normal (mas há registro de casos maiores, como abaixo, em que foi de R$ 12 para R$ 18).
A opção está dentro da mesma plataforma, não é preciso mudar ou atualizar nada. Então, depois de abrir o aplicativo e ir em “Para onde?”, informe o endereço de destino.
Pronto, já virá a opção Uber Planet (ou Comfort Planet), na seção “Escolha uma viagem”, caso a modalidade esteja disponível para sua localidade.
O aplicativo ainda quis dar um destaque à opção, adicionando uma folha verde ao ícone (como vemos acima). Além disso, tornando-se usuário, ao fim de cada mês você recebe um relatório informando a quantidade de CO2 que foi compensado graças a você.
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O que muda na prática?
No Brasil o projeto tem uma meta clara: beneficiar a Floresta Amazônica nacional. Para isso, os “créditos de carbono” gerados nas corridas especiais serão destinados a outras iniciativas ecológicas.
Isso ocorre por meio da parceria entre a Uber e a Carbonext, que fará essa mediação. Estima-se que isso vai beneficiar 1 milhão de hectares da nossa Floresta.
Lembrando que hoje uma das principais causas de emissão de CO2 é o desmatamento, agravando o próprio aquecimento global. Então, a manutenção dessas áreas realmente pode ajudar a melhorar o quadro das mudanças climáticas que temos visto.
Além disso, evitar a derrubada das árvores é algo que não só preserva a biodiversidade local, mas também evita o comércio ilegal de madeira, criando uma cadeia de impactos positivos.