Caminhada, bicicleta e até meios de transporte alternativos estão em alta. A tal ponto que a queda na quantidade de carros particulares circulando nas ruas será, segundo previsão, algo inevitável e até mesmo crescente nos próximos anos.
É o caso de São Paulo, posicionada entre as cinco maiores cidades do mundo. Segundo o “Mobility Futures”, que é um estudo da Kantar, empresa londrina especializada em pesquisas de mercado, estamos falando numa redução de 28% na frota paulistana.
Qual é a base do estudo?
A Kantar previu a queda no uso de carros particulares em 31 cidades do mundo. Entre elas, Manchester, Moscou, Paris e Guangzhou, na China.
O estudo foi baseado em mais de 20 mil entrevistas a usuários de diferentes meios de transporte. Também ouviu mais de 50 especialistas da área de mobilidade urbana.
Vale notar que, mesmo nos países desenvolvidos e com alta infraestrutura, a mudança da consciência e do comportamento dos cidadãos acerca da mobilidade urbana tem um grande peso.
Nisso entram, por exemplo, o aumento da caminhada, que deverá crescer 25% até o ano de 2030. E o ciclismo, que deverá atingir 47% de aumento em relação aos números atuais.
Já o transporte público, que não depende do cidadão, anda cheio de limitações em cidades como São Paulo. Falta de conexões, atrasos e superlotação são os principais problemas. E não deverá crescer mais do que 10%.
Qual o papel das pessoas nisso?
A Kantar também vê como fator essencial o fato de que os cidadãos se conscientizarão e tomarão as decisões certas, em vez de dependerem totalmente do governo para atingir uma mobilidade sustentável.
Até porque, nos últimos anos a pandemia e a crise generalizada dificultaram esse tipo de investimento, como o das linhas do trem e do metrô de várias cidades do mundo.
Neste sentido, estima-se que até 2030 em São Paulo, 49% das viagens serão mais ecológicas. Sendo que 5% virão de carros compartilhados, caronas e afins.
Os 46% restantes serão de carros particulares. Além da economia compartilhada, os veículos autônomos também entraram na conta, contribuindo para a projeção da queda prevista no caso da cidade brasileira.