Há um consenso sobre a importância dos semicondutores no mundo contemporâneo. Sobretudo para o universo automobilístico, em que alguns carros chegam a contar com algo entre mil e mil e quinhentos itens desses.
Já a crise dos semicondutores divide opiniões. As previsões vão desde aqueles que acreditam que ela acabará por agora, em meados do ano, até os que afirmam que ela deve perdurar até fins de 2023, diz uma pesquisa da consultoria KPMG e da GSA (Global Semiconductor Alliance).
Os detalhes da pesquisa
O levantamento foi realizado no âmbito da 17ª edição anual das “Perspectivas do setor global de semicondutores”, conduzida pelas duas empresas.
Basicamente, 56% dos entrevistados acreditam que a crise vai persistir até 2023, ao passo que 42% pensam que ela pode ser superada ainda neste ano. Em detalhes, 13% arriscam que a recuperação será por agora, em meados de 2022, e 26% que será no fim do ano corrente.
Já em relação a 2023, 21% acham que pode ser no começo, e 13% jogam a possível recuperação para o fim do ano que vem.
Carros vs. dispositivos mobile
É interessante notar que, mesmo com tanta previsão negativa, a confiança no crescimento do setor como um todo bateu recordes. De fato, 35% dos executivos do setor esperam um crescimento superior a 20%, ainda para 2022.
O que justifica isso é que mais da metade deles acredita em outros segmentos compradores, indo para além do setor automobilístico.
Por exemplo, a área de comunicações sem fio, incluindo dispositivos móveis como smartphones e infraestrutura 5G em geral. Sem falar no setor de Internet das Coisas (IoT), que também aponta um crescimento promissor na demanda.
Seja como for, mesmo com a crise atual, em termos de valores estima-se que só o setor automotivo já será capaz de gerar, nos próximos anos, receitas de até US$ 200 bilhões para a indústria de semicondutores.