A confusão sobre os faróis do carro costuma ser frequente. Especialmente porque o uso adequado pode mudar conforme o tipo de via, o horário do dia, as condições climáticas e tantas outras variáveis, incluindo as diretrizes do Código de Trânsito Brasileiro.
A confusão costuma envolver também os faróis de milha e de neblina, que são diferentes, auxiliares e geralmente opcionais. Mas aqui vamos focar apenas no farol baixo e no alto, já que esses dois estão presentes em todo carro.
Farol baixo: uso e legislação
Ele costuma atingir um raio de 40 ou 50 metros, mas isso pode variar conforme a tecnologia aplicada por cada montadora. Basicamente, deve ser acionado em estradas ou em situações de escuridão, como túneis ou direção durante a noite.
Sem falar em situação de neblina ou mesmo de chuva. Com a ressalva de que nesses casos a opção auxiliar do farol de neblina pode se sair melhor, caso o veículo conte com esse adicional.
O farol baixo costuma ter um foco maior no lado direito do carro, o que já evita ofuscar a visão de motoristas na contramão. Há quem prefira usá-lo o tempo todo, mesmo de dia.
Seja como for, a Lei 14.071/20 prevê que eles são obrigatórios apenas em rodovias de mão simples, sendo que antes eram obrigatórios em qualquer estrada. O descumprimento é infração média, cuja multa custa R$ 130,16 e quatro pontos na CNH.
Farol alto: vantagens e regras
O farol alto costuma atingir o dobro de distância em relação ao baixo. Ou seja, um raio de cerca de 100 metros. Mas isso também pode variar conforme o modelo e a montadora.
Ele não é nada indicado para chuva pesada ou neblina forte, pois só faria refletir e ofuscar mais ainda, diminuindo o campo de visão. Nesses casos, recomenda-se o farol baixo ou os auxiliares, conforme cada tipo de demanda.
Aqui a legislação é mais específica. A começar pelo fato de que é proibido utilizar farol alto em vias iluminadas. E caso venha um carro na contramão, passar para o farol baixo não é apenas gentileza, mas obrigação por lei.
O mesmo vale para um carro à frente (na mesma direção), que não pode estar a menos de 200 metros de proximidade do seu farol alto. Tanto que hoje alguns carros contam com assistente de farol, que faz esse manejo automaticamente, ao detectar veículos à frente ou na contramão.
Usar o farol alto errado é infração leve e custa R$ 88,38, além de três pontos na CNH. Lembrando que acionar o farol alto como pisca para avisar acidente à frente, ou antes de fazer ultrapassagem, ainda é permitido pela lei.