Com a eletrificação automotiva, tem sido cada vez mais comum ouvir falar em alternativas à gasolina. Nessa esteira é que surgiram os carros movidos a hidrogênio, como solução menos poluente e mais sustentável.
Mas pouca gente entende como exatamente essa tecnologia funciona. Por isso mesmo, decidimos escrever esta matéria explicando melhor. Além de trazer um exemplo famoso, que é o do Toyota Mirai, que entrou para o Guinness Book por sua autonomia (1.359 km).
Engenharia do carro movido a hidrogênio
Primeiramente, é preciso entender que o carro movido a hidrogênio é, na verdade, um carro elétrico. Na lista de abreviações dos EVs, encontramos a FCEV, que significa Fuel Cell Electric Vehicles. Ou seja, são Veículos Elétricos Movidos por Célula de Combustível.
Basicamente, esses carros lidam com um sistema de adaptação. Inclusive, essa mesma ideia já foi usada até para fazer motores elétricos alimentados por energia solar ou mesmo por esterco. No Brasil já se estudou a ideia de fazer essa adaptação com o etanol (álcool).
Na prática, o automóvel conta com tanques de hidrogênio que são abastecidos mais ou menos como se fosse gasolina. Ou seja, não vão na tomada como os elétricos. Com a diferença de que o hidrogênio é complicado de abastecer, por chegar a temperaturas de – 36ºC.
Por fim, a força que alimenta as células elétricas vem do choque do hidrogênio com o oxigênio. Isso ocorre quando o tanque expele o material para a câmara em que o vapor vai gerar a corrente elétrica. Ou seja, temos duas tecnologias distintas em serviço, não apenas uma.
Prós e contras do carro a hidrogênio
Entre os traços de vantagens temos, evidentemente, a questão da sustentabilidade. Como o carro movido a hidrogênio tem emissão zero de poluentes, ele é mais indicado em termos de futuro. Lembrando que já se fala até em proibir carros a combustão.
Além disso, como vimos no caso do Toyota Mirai, sua autonomia é incrível. Lembrando que o reabastecimento é ágil se comparado com os carros elétricos que vão na tomada.
Por outro lado, isso também já aponta a primeira desvantagem. Que é a limitação em termos de rede de abastecimento. Afinal, por enquanto praticamente não há estações ou postos dedicados ao abastecimento desse combustível.
Outro contra é que o próprio tanque de hidrogênio do carro ainda não é um ponto pacífico. No fundo, você dirige sobre um gás altamente inflamável. Mesmo com tecnologias contra vazamento, a vida útil de um tanque desses é de 15 anos. E depois disso, como fica o carro?
Por fim, o reabastecimento também é sofrível, até por conta disso tudo que dissemos, de modo que recarregar sai caro. Aliás, o custo do carro já não é nada agradável. O próprio Toyota Mirai citado parte do equivalente a cerca de R$ 270 mil.