Esse é um fator que poucos compradores costumam levar em conta. Que é justamente o de entender quais vidros do carro são laminados, e quais são temperados. Existe até uma lei a esse respeito, sendo que a diferença pode impactar em vários pontos.
Por exemplo, segurança em caso de quebra do vidro e economia no investimento. Além de conforto térmico e acústico. Para entender melhor do que se trata, basta seguir na leitura!
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Entenda o vidro temperado
Tanto o vidro laminado quanto o temperado são utilizados em vários segmentos. Ou seja, não é apenas no setor automobilístico. O maior exemplo é o da construção civil, que depende de fatores como impactos mecânicos e afins.
No caso dos automóveis, a grande questão sempre foi a da segurança. No princípio, os vidros utilizados eram comuns. Só que, se quebravam, eles estilhaçavam em pequenos fragmentos cortantes. Naturalmente, isso podia ferir ou mesmo matar.
Aí é que surgem em cena o vidro temperado e o laminado. O primeiro deles é feito sob altíssima pressão. O que dá uma nota muito específica ao produto final. É a de que se ele vier a quebrar, seus pedaços serão pequenos e quase arredondados.
Ou seja, não são cortantes (ou são menos cortantes) e ainda têm a vantagem de se desintegrar completamente. Assim, a janela inteira do carro fica livre, sem pontas presas onde qualquer um poderia se cortar.
Em situação de resgate, isso pode fazer toda diferença e ajudar muito. Lembrando que o vidro temperado costuma estar presente nas laterais da maioria dos carros. Isso porque ele é mais barato que o laminado.
Por dentro do vidro laminado
Aqui o que nós temos não é uma configuração especial que desintegra o vidro. Mas sim, caso ele leve pancadas, “lâminas” ou camadas que evitam estilhaçamento. Assim, o vidro fica todo trincado, mas não chega a se espalhar por todo lado.
Além disso, sua resistência vai além, sendo melhor também contra altas e baixas temperaturas. Por isso, é mais confortável, bloqueando até 99% dos raios UV, por exemplo. Sem falar que, acusticamente, ele é melhor contra barulhos vindos de fora.
No entanto, não se trata de um vidro blindado, portanto ele tem seus limites. Além disso, em situação de resgate ele pode atrapalhar a operação dos agentes, sobretudo em caso de incêndio ou carro mergulhado.
Por fim, o vidro laminado também é bem mais caro, então costuma ser usado apenas no para-brisa, onde é obrigatório. Isso é lei, desde 1991, após aprovação da resolução 710 do Conselho Nacional de Trânsito, que datava de 1988.
O primeiro modelo nacional a usá-lo em todas as janelas foi o Fiat Idea, em 2005. Depois veio o Punto e mais alguns outros poucos modelos. Em geral, o uso de vidros laminados além do para-brisa fica restrito a carros mais luxuosos.