Todo brasileiro já deve ter ouvido falar no Inmetro, ao menos uma vez. O que ele faz é fiscalizar as normas de fabricação de diversos segmentos industriais. Isso ajuda a controlar a qualidade dos produtos e resguardar os consumidores.
Mas, quando falamos no universo da tecnologia automotiva, nem todos sabem até onde vai o papel do Inmetro. Por exemplo, em relação a quais peças o selo representa maior segurança? Para entender melhor como funciona, basta seguir adiante!
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Selos compulsórios e opcionais
Sigla para Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, esse órgão é fundamental para o mundo de compra e venda. Na verdade, há setores em que a certificação Inmetro é compulsória. Mas nem todos são assim.
No caso dos carros, apenas alguns nichos são obrigatórios. Se compararmos com países de primeiro mundo, estamos muito atrás em termos de exigência. Afinal, nós adotamos a certificação para poucas dezenas das centenas de peças de um carro.
Iniciado apenas em 2009, esse processo envolveu publicações oficiais por parte do Inmetro. Na sequência, fabricantes, importadoras e até varejistas precisaram começar a se adaptar.
Hoje os itens principais vão de lâmpadas e baterias até amortecedores da suspensão. De pneus e rodas até o para-brisa. Os principais itens listados são:
- Catalisadores;
- Fluido de freio;
- Buzina ou equipamento similar;
- Anel de pistão;
- Componentes do Sistema GNV;
- Terminal de direção;
- Pino e anel de trava (retenção);
- Barra de direção;
- Pistão de liga leve de alumínio;
- Barra de ligação.
Outros exemplos incluem peças e partes que servirão como componente para outras. Como no caso dos materiais de atrito para frenagem (lonas e pastilhas). Ou ainda, peças mais específicas, como bomba elétrica de combustível para motores (os de Ciclo Otto).
Últimos itens incluídos na lista
Como dito acima, os processos de certificação no Inmetro estão sempre passando por novidades. Mais recentemente, podemos falar em uma lista publicada com o número específico de cada portaria. Conforme:
- Adaptação de Eixo Veicular Auxiliar (Portaria n.º 495 de 12/12/2021);
- Cilindros para Armazenamento de Gás Natural Veicular (GNV) (n.º 436 de 19/10/2021);
- Eixo Veicular (n.º 496 de 13/12/2021);
- Fabricação de Veículos Acessíveis de Características Urbanas para Transporte Coletivo de Passageiros (n.º 59 de 17/02/2022);
- Fabricantes, Encarroçadores e/ou Transformadores de Veículos Rodoviários e Fabricantes de Equipamentos Veiculares (Portaria n.º 153 de 24/03/2022);
- Líquidos para Freios Hidráulicos para Veículos Automotores (Portaria n.º 456 de 16/11/2021).
Por fim, é preciso deixar claro que é fundamental que um veículo tenha o máximo possível de peças autenticadas.
A importância do Selo Inmetro
Até aqui, já ficou claro que são os critérios do Inmetro que definem a qualidade da produção de peças e partes. De fato, as empresas costumam buscar sobretudo o lucro. Ao passo que os compradores se deixam levar pela tentativa de economizar.
Então, cabe ao Inmetro manter a excelência quando o assunto é segurança. Por isso, as peças que passam por sua certificação são testadas, até haver a aprovação oficial. A própria vida útil do item precisa ser atestada.
Mas, como nem todos itens são obrigatórios, já existe também o Programa de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro. Neste caso, a participação é totalmente voluntária por parte das fabricantes.
Um exemplo é o CONPET, o selo de Eficiência Energética Veicular. Ele contribui para o meio ambiente e para o bolso dos motoristas. Um carro com nota “E”, por exemplo, faz 8 km por litro. Enquanto um com nota “A” pode fazer até 15 km.