Engana-se quem pensa que a única função do automobilismo é a de ser um esporte. Na verdade, várias tecnologias são criadas e testadas nas pistas. Depois, elas vêm para o universo dos carros de rua, tanto comerciais quanto de passeio.
Até algumas ideias que hoje parecem simples, como a dos retrovisores, surgiram dessa maneira. Por isso, fizemos essa lista com os 4 itens que surgiram nas pistas de corrida. Seja em busca de segurança ou de velocidade, hoje eles fazem a diferença!
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1. Retrovisor: tornando o carro mais leve!
Alguns itens do carro são tão óbvios quanto as rodas, e por isso nós imaginamos que eles sempre estiveram aí. Mas não é bem assim, e a prova disso é o fato de que no começo não havia retrovisores.
Eles precisaram ser inventados, coisa que só aconteceu em 1911, numa edição das famosas 500 milhas de Indianápolis. Lembrando que os primeiros carros começaram a aparecer em cena bem antes, por volta de 1880.
Na prática, os retrovisores vieram tornar os carros de corrida mais leves e mais ágeis. Por razão bem simples: antes deles havia uma segunda pessoa no carro. Era ela quem ajudava o piloto narrando o que acontecia em volta e atrás do veículo.
Vale notar que hoje esse dispositivo evoluiu tanto, que já podemos falar em retrovisores digitais, que são altamente tecnológicos. Eles funcionam com base em câmeras, e permitem dar zoom e até usar visão noturna.
2. Freio a disco: um problema de resfriamento
Embora os freios a tambor ainda circulem por aí, no automobilismo eles traziam vários problemas. Como a dissipação de calor era deficitária, diante da velocidade de corrida, foi preciso inovar. O que trouxe vantagens também em termos de manutenção.
Daí os freios a disco, cuja atuação não passa por todo o sistema de frenagem a tambor. Ele age diretamente por meio das pastilhas de freio no disco. O primeiro de todos foi o Jaguar C-Type, um carro de corrida em sua versão de 1953.
3. Paddle Shift: a origem do “câmbio borboleta”
Quem ama corridas sempre sonhou em poder mudar de marchas sem tirar as mãos do volante. No caso do automobilismo esportivo, nem é preciso dizer o quanto isso ajuda. Com ele, o piloto pode controlar melhor a aceleração e a redução de velocidade.
Em 1989 o sistema surgiu graças à Ferrari, na própria Fórmula 1. Em 1995 já era padrão nessa modalidade e mais recentemente chegou às ruas. Um exemplo clássico que chegou ao Brasil é o da Volkswagen, em versões do Gol e do Golf.
4. Nada de patinar: entenda o controle de tração
Outra vez a Fórmula 1. Foi em meados da década de 1980 que surgiu a demanda por reduzir o famoso problema de “patinar”. Ou seja, quando uma das rodas que tem tração gira em falso, perdendo seu efeito motriz básico.
Nas corridas isso pode condenar um piloto logo na largada. Já nas ruas o perigo é ainda maior, de modo que o controle de tração chega a evitar acidentes. Afinal, como o sistema reduz o torque da roda em questão, antes de rodar o carro volta a ficar estável.