Um dos pontos fracos da eletrificação é a demora ao recarregar. Por isso, há movimentos de pesquisa pelo mundo todo pensando só nisso. Agora, pesquisadores de Idaho (EUA) dizem que os elétricos poderão, já em 2027, ter recargas de até 10 minutos.
Nós já vínhamos acompanhando de perto esse universo. Como ao falar sobre a dúvida se um dia os elétricos serão mais baratos. Ou sobre o mês em que o Brasil registrou mais de 1.000 elétricos emplacados. Agora, para entender a descoberta dos EUA, siga adiante!
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Laboratório Nacional de Idaho
Quando falamos em baterias com células de íons de lítio, estamos no campo da maioria dos eletrônicos. E de uma infinidade de dispositivos que vão desde relógios até smartphones. Agora, imagine carregar seu carro mais rápido do que o celular. Desafiador, não?!
Segundo um grupo de pesquisadores americanos, do Laboratório Nacional de Idaho, não é impossível. Ou seja, seria possível dar uma carga completa ou considerável sem comprometer o sistema. Lembrando que há vários desafios implicados aí.
Afinal, o difícil não seria recarregar uma bateria de íon de lítio tão rápido. Mas sim fazer com que isso não comprometa sua vida útil no médio e longo prazo. E o que os pesquisadores de Idaho garantem é justamente manter a capacidade energética dos dispositivos.
Na verdade, vai muito além. A tecnologia descoberta permite recarregamentos de 10 minutos ou menos, a depender dos fatores. Tais como o tipo de bateria, de carregador e de veículo. A bandeira do projeto é, claramente, “popularizar” a eletrificação.
Baterias com carregamento otimizado
Como vimos acima, simplesmente “acelerar” o processo de carregamento seria condenar a bateria de íons de lítio. Há todo um sistema de comunicação entre partes (íons, cátodo, ânodo), que demora naturalmente.
Então, como tornar o processo similar ao de um celular? O que os pesquisadores de Idaho fizeram foi inovar na parte de machine learning. Isto é, de “aprendizado da máquina”, quebrando alguns paradigmas em vários sentidos.
Por um lado, é uma questão de software (lógica). Por outro, tem impacto no hardware (físico). Com novos protocolos de carregamento, eles descobriram novos ciclos possíveis de carga. Assim, o curto período de tempo deixa de ser um problema.
É, literalmente, uma otimização de processamento, cheia de vantagens. Ela não apenas não compromete a vida útil do sistema, como favorece a autonomia do carro. Assim, o protocolo da bateria “informa” a estação de carregamento sobre seus limites.
Isso torna o carregamento inteligente e bem mais eficiente. Em vários casos será possível falar em carregamento de mais de 90% em menos de 10 minutos. Por fim, os pesquisadores de Idaho preveem implementações já para 2027.