Já não é segredo para ninguém como a crise econômica e de semicondutores vem impactando o mundo automotivo. Outro capítulo dessa fase ruim é essa decisão da Toyota, que diminuiu seu prazo de entrega. Porém, para isso precisou cortar certos opcionais.
Ou seja, alguns compradores só vão receber seus carros no prazo ou antes dele porque será uma versão mais “enxuta”. Esse tipo de medida só vem confirmar a maré de problemas que as gigantes automotivas vêm enfrentam. Entenda melhor abaixo!
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Toyota e seus “kits padronizados”
Quem tentou comprar um carro novo recentemente certamente percebeu. Os prazos de entrega se estenderam incrivelmente. Além disso, já tem cerca de dez anos que as grandes empresas da área tentam otimizar sua produção.
Claro que a ideia não era fazer isso até o ponto de comprometer a qualidade. Mas reduzir a complexidade das operações e os custos, com certeza. Mesmo que os itens extras e a customização aumentassem o lucro das fabricantes.
O fato é que a situação realmente tem forçado decisões mais dramáticas, como a atual da Toyota. O que ela mais foca, agora, é a redução de prazos e prejuízos. Para isso, vai disponibilizar uma espécie de kit padronizado em termos de “opcionais”.
Na prática, o regime é ideal para quem prioriza tempo, e não personalização. Por exemplo, o Toyota Sienta, uma minivan compacta, tem lista de espera mais curta. Porém, com certos disfarces “recomendados”, que equivalem a equipamentos fixos.
Assim, você leva o carro até abril de 2023. Se optar por qualquer equipamento fora da lista, o prazo volta para um campo de indeterminações. A demora, nesses casos, pode chegar a dois ou mesmo três meses a mais. O mesmo vale para a linha Crown.
Os motivos e outros casos
Vale notar que outras fabricantes já sinalizaram seguir na mesma direção. O grande problema está na escassez estendida de semicondutores, que pode persistir até 2023. E na cadeia de suprimentos como um todo.
Um exemplo até mais antigo é o da Ford. Já no fim do ano passado, no fervor da crise, ela ofereceu o Puma com versões igualmente básicas. Isto é, de kits padronizados como opcionais mais “viáveis”. Isso impactou elementos como segurança e tecnologia no geral.
Já do começo do ano para cá a mesma Ford restringiu outros carros mais pulverizados. Foi o caso do Focus e do Fiesta. Na Europa ambos os modelos só foram entregues depois de atingirem um piso de vendas totais.
A GM dos EUA, por sua vez, teve de segurar mais de 90 mil carros no galpão. Isso esperando até que os semicondutores e chips mínimos chegassem para implementação e liberação dos pedidos.