Os males que a pandemia de covid 19 ocasionou no mundo já não são novidade para ninguém. Mas tem um ponto que pode despertar dúvidas. Afinal, é verdade que a mobilidade elétrica cresceu na América Latina durante a pandemia?
Para responder essa pergunta, podemos usar como base uma das autoridades de pesquisa dessa área. Trata-se do PNUMA, que é o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Ele emitiu um relatório que detalha pontos bem interessantes. Confira!
Confira as melhores ofertas de carros seminovos certificados
Micromobilidade elétrica e transporte público
A relação entre a pandemia e a mobilidade elétrica na América Latina pode parecer algo secundário. Mas não é assim, haja vista que tudo isso impacta diretamente nos hábitos das pessoas. Bem como nas decisões das montadoras de carros.
No caso, para se ter ideia, a América Latina tem o maior uso de ônibus per capita do mundo. Até porque, 80% dos moradores dessa região habitam as cidades, não a região rural. De cara, isso já faz imaginar como a pandemia influenciou o cenário total.
Com as restrições iniciadas em 2020, vários países latinoamericanos tiveram que se reinventar. Por conta da redução drástica do número de passageiros, a chamada micromobilidade elétrica aumentou. Trata-se das bicicletas, patinetes, monociclos elétricos e afins.
Outro exemplo de aumento da eletrificação está nas decisões de governos, em geral atrelados ao Acordo de Paris. Os maiores crescimentos em termos de ônibus elétricos vieram sobretudo de duas cidades.
Foram Bogotá (Colômbia), com implementação de mais de 400 unidades. E a Cidade do México (México), que trouxe mais de 190 trólebus.
A expectativa do relatório PNUMA é que, se esse compromisso continuar, o cenário evolua e muito. Até o ano de 2025 terão sido mais de 5 mil ônibus elétricos implementados em toda a América Latina.
Mercado elétrico de carros privados
Agora, falemos do mercado automotivo, isto é, de carros privados. De fato, o relatório PNUMA indica que esse segmento também cresceu. Aqui temos, novamente, dois países que se sobressaem, mas são outros em relação ao número anterior.
No caso da Costa Rica, foram mais de 75% de crescimento de carros. E de motos elétricas e afins, mais de 35%. Já no Peru o número atingiu mais de 220%, porém apenas em relação a motos elétricas.
Além disso, vale ressaltar que a maioria dos países da região tem investido em desenvolvimento voltado para eletrificação. Isto é, tem investido em pesquisas e infraestrutura para vencer o alto preço da eletrificação automotiva como um todo.
Aqui mesmo no Brasil várias frentes foram abertas nos últimos anos. Por exemplo, o projeto nacional da Volkswagen com a Unicamp, que envolve carros elétricos movidos a etanol. O que se espera com tudo isso, naturalmente, é a massificação crescente de frotas elétricas.