O paulista está acostumado a reclamar da “indústria da multa“. Exagero ou não, essa polêmica acaba de ganhar mais um capítulo. Trata-se do “carro delator”, que é como está sendo chamada essa nova estratégia da CET em São Paulo.
Também apelidado de “BBB da multa”, o recurso utiliza câmeras em um carro que circula exclusivamente para essa finalidade. A tecnologia é integrada com o sistema de Zona Azul em tempo real. Abaixo, entenda melhor como funciona e os impactos para cada paulistano!
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Imagine um carro parecido com aquele do Google, que tira fotos pelo mundo todo. Isso mesmo, com câmeras em cima e andando bem devagar. É o caso dos carros da CET-SP que já estão circulando e multando.
Diferentemente do carro do Google Maps, esses da CET têm câmeras mais focadas, que sabem exatamente o que querem. Em vez de filmar em 360 graus, elas escaneiam as placas dos carros estacionados. O alvo são os veículos parados em região de Zona Azul.
A empresa por trás desse mega projeto é a Estapar (sim, a empresa de estacionamentos). Ao todo, eles precisam cobrir nada menos que 53 mil vagas demarcadas pela Zona Azul. Esse número colossal é dividido em 68 setores ou bairros.
O sistema da CET e da Estapar trabalha com uma tecnologia relativamente antiga. É o OCR (Reconhecimento Óptico de Caracteres), o mesmo para escanear um livro físico. Ou, claro, que já era usado em câmeras fixas para multas de rodízio veicular.
Só o que ninguém sabia é que esse método de reconhecer números e letras digitalmente já podia circular por aí. Mas isso não é tudo. Para complementar a tecnologia, o carro ainda conta com um sistema de GPS integrado, para se comunicar com outras frentes.
No caso, antes de multar é preciso confirmar se o carro está devidamente cadastrado e pagando o cartão. Não é mesmo? Ou seja, se a pessoa já não pagou a Zona Azul para usar a vaga de modo autorizado. É aí que entra o GPS, que indica a localização do carro.
Assim, os dados são enviados para uma central, e um agente local confere e confirma a eventual irregularidade. O cruzamento dos sistemas é fundamental para garantir a integridade do novo recurso.
Só lembrando, o custo por parar irregularmente em região de Zona Azul é de R$ 195,23. E a infração é grave, custando também 5 pontos na CNH do infrator.