A cada ano, a lei seca fica mais severa contra condutores sob efeito de álcool. Agora, já existe um novo bafômetro capaz de flagrar álcool no sangue até em motoristas inconscientes. Ou seja, nem é preciso um bocal para diagnosticar o condutor. Entenda!
Novo bafômetro: modelo e aplicação
Segundo a PM-SP, o CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) utiliza centenas de bafômetros em sua rotina. Há os ativos e os passivos. Sendo que estes segundos têm três tipos diferentes. Um deles é o da novidade que estamos mencionando aqui.
Trata-se de um dispositivo em forma de bastão, cuja luz pode acender nas cores vermelha ou verde. O item se assemelha, na aparência, a uma lanterna. O equipamento já vem sendo aplicado fora de São Paulo também, pela PRF (Polícia Rodoviária Federal).
A classificação de tipo “bafômetro passivo” quer dizer, justamente, que ele dispensa qualquer ação do condutor. Ou seja, a pessoa não precisa soprar, ou mesmo estabelecer qualquer contato com o dispositivo. No fundo, seria possível testar até alguém inconsciente e acidentado.
Contudo, o sistema que acusa presença de álcool ainda é limitado. Isso porque a luz verdade pode garantir que não houve ingestão de álcool. Mas a vermelha não pode garantir que houve, então é preciso complementar com outro dispositivo. No caso de condutor inconsciente, o mais comum é um exame de sangue posterior.
Ou seja, o etilômetro tradicional (com bocal descartável) continua sendo necessário em alguns casos. Por enquanto, a legislação obriga que a autoridade policial lance mão do bafômetro tradicional. É um direito do condutor.
Dirigir sob efeito: multas e consequências
Falando em lei, vale lembrar que no Brasil qualquer condutor pode se negar a ser submetido ao bafômetro. Mas vale lembrar que isso permite à autoridade impingir as mesmas consequências de quem testar positivo.
As consequências são várias. Primeiro, segundo CTB (Código de Trânsito Brasileiro), é multa gravíssima. Ou seja, o valor é multiplicado por dez, e chega a R$ 2.934,70, podendo ser dobrado ainda, se houver reincidência.
Além de a CNH ser recolhida e o carro detido para o pátio. Já em termos civis, se o bafômetro bater número igual ou acima dos 0,3 miligramas, as consequências são severas. Isso porque o condutor pode ir preso, perdendo a liberdade por um período entre 6 meses e 3 anos.