A décima geração do Honda Civic foi lançada no Brasil em 2016 já como linha 2017 e visual radicalmente diferente dos modelos anteriores. Foi o Civic mais esportivo até então e vinha equipado com duas opções de motor, o 2.0 flex de 155 cv trazido da geração anterior e um inédito 1.5 turbo a gasolina de 173 cv. O câmbio passava a ser sempre CVT.
Veja ofertas de Honda Civic certificados na Karvi!
A produção do Civic foi encerrada no Brasil em novembro de 2021. O modelo teve ótima aceitação no mercado, embora nunca tivesse ameaçado a liderança do Toyota Corolla no segmento de sedãs. Há fartura de exemplares no mercado de seminovos, com direito até a versões com câmbio manual, teto solar ou faróis de LED.
Segurança
Todos os Civic são equipados com air bags frontais, laterais e de cortina, controles de estabilidade e tração. A versão de topo Touring tem ainda uma câmera no retrovisor direito para monitorar o ponto cego daquele lado.
No entanto, o Civic de décima geração vendido no Brasil não chegou a oferecer itens como controle de cruzeiro adaptativo, ou monitor de ponto cego com sensores, nem monitor de faixa de rolamento. O item esteve em concorrentes contemporâneos como o Volkswagen Jetta.
Acessórios/Equipamentos
A versão de entrada Sport era um tanto simples demais para a categoria. Vinha com bancos de tecido e trazia de mimo apenas ar-condicionado automático e uma central multimídia (mais simples que as demais versões). As EXL e Touring ganhavam mais brio com painel central colorido, tela maior no multimídia, teto solar e a tal câmera no retrovisor.
Ela é acionada sempre que o motorista dá seta para a direita, ou por um botão na ponta da alavanca dos indicadores. Nas primeiras safras, apenas os Civic Touring tinham faróis de LED, opção que depois passou a equipar também os EXL. Ao longo dos anos, pequenas atualizações mudaram detalhes dos comandos internos e da central multimídia.
Todo Civic também tem freio de estacionamento eletrônico, com acionamento automático quando o carro é desligado. O freio também desacopla quando o câmbio é colocado em D e o motorista acelera.
Espaço interno/porta-malas
O Civic tem bom espaço para os passageiros, com bons 2,70 m de entre-eixos. Quem vai atrás tem amplo espaço para as pernas, mas pode sofrer com o caimento acentuado da linha do teto. Ele rouba espaço para a cabeça de quem vai no banco traseiro.
O porta-malas leva generosos 519 litros de bagagem e tem abertura ampla. É um dos maiores da categoria, junto com o VW Jetta, que leva 510 litros.
Desempenho
O 2.0 de 155 cv que equipa a maior parte das versões dá conta do recado de levar o Civic sem muito esforço. O câmbio CVT, que também está na maior parte das unidades, tem funcionamento suave e raramente vai dar as caras elevando demais as rotações do motor inadvertidamente.
O Civic é gostoso de dirigir, afinado para uma condução mais “animada” do que o rival Corolla, com uma direção mais direta e suspensão ligeiramente mais firme. Mas não se engane, o modelo ainda é um sedã familiar, e não um esportivo, mesmo com o motor 1.5 turbo.
Com 173 cv o desempenho melhora bastante e o Honda fica mais solto principalmente na estrada, com melhores retomadas e fôlego para longas distâncias. O 1.5, no entanto, usa apenas gasolina.
Custos de manutenção
As 6 primeiras revisões de um Civic 2020 custam R$ 6.502,53. Não há distinção entre o 2.0 e o 1.5 turbo. O valor é superior ao cobrado pela Toyota para um Corolla 2020, por exemplo.
Custo/benefício
O Civic é valorizado no mercado, por isso as primeiras unidades da décima geração, de 2017, ainda estão custando na casa dos R$ 100 mil. Isso para as versões de entrada, EX ou Sport CVT 2.0. As topo de linha Touring, ou mais novas, 2020 ou 2021, no fim da linha, chegam aos R$ 140 mil ou até R$ 150 mil.
O valor, no entanto, ainda é abaixo do que um Corolla equivalente, embora ainda superior ao de outros sedãs médios. O Civic compartilha da mesma reputação de boa confiabilidade mecânica, baixo consumo de combustível, robustez e ainda passa uma imagem mais jovial do que o rival da Toyota.
Tudo isso com liquidez de revenda bem superior a rivais como VW Jetta, Chevrolet Cruze ou Citroën C4 Lounge.
Prós
- Espaço interno
- Porta-malas
- Valor de revenda
- Dirigibilidade
- Desempenho do 1.5 Turbo
Contras
- Revisões caras
- Alto preço de compra
- Produção encerrada
- 1.5 turbo apenas a gasolina
- Falta segurança ativa