A tecnologia não para e não podemos nos prender a ideias antigas por medo dela. Contudo, às vezes surgem certas dúvidas. Por exemplo, os motores que não aceitam retífica, eles representam uma evolução ou apenas uma mancada das montadoras? Confira!
Motor que não aceita retífica: modelos e motivos
Enquanto a eletrificação não engole 100% do mercado automotivo, ainda há milhões de motores a combustão rodando por aí. Sobretudo em países ainda em desenvolvimento, que têm dificuldades com os valores dos elétricos, como é o nosso caso.
Daí que faça sentido falar sobre motores a combustão que são mais modernos e não aceitam retífica. Há alguns motivos para isso, como as tecnologias de maior precisão. Por um lado elas aumentam a vida útil, por outro, impedem as intervenções típicas da retífica.
Em alguns casos, as novidades apenas dificultam a substituição de bronzinas, pistões e anéis. Em outros, acabou impossibilitando mesmo. Além do próprio avanço tecnológico, há também as exigências de emissão de poluentes. Esse fator também altera a precisão da engenharia.
São exigências em parte climatológicas, em parte de consumo e de mercado. Os maiores exemplos nós vemos em vários motores tricilíndricos. Por exemplo, o do Hyundai HB20, além de vários da Fiat e da Volkswagen. Já os tricilíndricos da Chevrolet costumam ser mais receptivos.
Retífica do motor: como funciona e como evitar
Além dos modelos e motivos que impedem a retífica, é bom entender melhor como ela funciona. E sobretudo o que pode demandar esse serviço, até no sentido de evitá-lo. Na prática, o motor pode ser retificado conforme a engenharia dele em relação às peças e partes citadas acima.
Especialmente bronzinas, pistões e anéis, que precisam estar presentes em sobremedida. Do contrário, não tem como mesmo. Já os motivos são diversos, desde desgaste natural até mau uso. Em termos de desgaste natural, depende consideravelmente de cada tipo.
Os motores de Ciclo Otto, que funcionam a gasolina e/ou etanol, têm vida prevista em 200-300 mil km. Já motores a diesel podem durar três ou quatro vezes mais. Ou seja, uma média de 1 milhão de km ao todo. Já o mau uso mais comum tem a ver com troca de óleo.
Isso vai desde períodos excessivos, até gente que esquece de abastecer o óleo até o motor parar de funcionar. Outros casos podem ser mais delicados, como um alagamento que, mal enfrentado, pode deixar marcas. É o caso da água entrar no motor e causar calço hidráulico.