O quanto a eletrificação cresce e se dissemina não é novidade para ninguém. Mas muitos ainda confundem os 4 tipos de carros elétricos: o 100% elétrico, o híbrido leve, o híbrido pleno e o “micro híbrido”. Para entender melhor e não errar mais, siga adiante!
Por aqui também já falamos sobre as siglas dos carros elétricos: EV, HEV, PHEV, FCEV. O que também ajuda a entender esse assunto. Além da lista dos carros elétricos que têm maior autonomia.
1. 100% elétrico
Aqui estamos no campo absoluto da eletrificação. Inclusive, dizem que os “híbridos” são apenas um meio de campo. Ou seja, só existem até que o mercado suporte a eletrificação total de todas as frotas globais. Aí será o fim completo de motores a combustão.
A engenharia híbrida leva esse nome porque divide o sistema entre motor elétrico e motor a combustão. O que muda no tipo de híbrido é o motor responsável pela tração que move o carro, como veremos abaixo. De qualquer modo, no 100% elétrico não há esse dilema.
Por outro lado, embora o 100% elétrico não divida espaço com outro tipo de engenharia, ele pode ter outras variações. Por exemplo, se o carregamento será apenas na tomada (plug-in), ou reaproveitando elementos como a energia cinética do próprio veículo.
2. Tração combinada: híbridos leves
Como vimos acima, o que muda de um sistema híbrido para o outro é a questão da tração que move o carro. Podendo ser, precisamente, apenas o motor a combustão, apenas o elétrico, ou então ambos.
No caso do híbrido leve, temos uma tração combinada bem específica. O que ela faz é atuar tanto no motor de arranque quanto na famosa função de start/stop. Ou seja, quando o carro está em alta velocidade, ele desliga o motor a combustão.
Basicamente, nesses casos o motor elétrico não chega a tracionar o carro diretamente. Mas reduz o esforço a combustão, o que já diminui o consumo de combustível e também a emissão de poluentes.
3. Híbridos plenos
Aqui temos outro caso de tração combinada, porém na classificação do híbrido pleno. Como o nome já sugere, este sim consegue realizar a tração de modo direto. O que quer dizer que o motor elétrico consegue ser “pleno”, se o condutor assim preferir. Eles podem ainda ser plug-in, podendo ser carregados numa tomada externas. Esses podem ser usados quase como um carro totalmente elétrico.
Na verdade, o sistema híbrido pleno permite que você escolha. Então, ele pode operar 100% no sistema elétrico, 100% na combustão tradicional, ou então em ambos. Mas o que determina o termo “pleno” é o fato de poder ser 100% elétrico.
4. “Micro híbrido”
Aqui, por fim, não temos uma definição propriamente técnica, mas sim uma jogada de marketing. Na verdade, nem mesmo a legislação reconhece o termo “micro híbrido”. Mas o termo acabou se consagrando pelo uso das grandes montadoras.
O que se tem neste caso é um alternador inteligente, mais ou menos como um híbrido pleno “automatizado”. Na prática, o sistema é que decide quando aliviar o motor a combustão e priorizar o elétrico. Geralmente, entre as fases de aceleração e frenagem.
Contudo, esse “alternador inteligente” não resolve todo o problema, já que continua sem potência suficiente para ser um “pleno”. Ou seja, continua precisando do arranque a combustão, e até o sistema start-stop dele é mais fraco.