Ignorar o período e a pressão na hora de calibrar os pneus pode reduzir a vida útil deles. Além de gastar mais combustível e comprometer sua segurança. Por isso, achamos importante falar sobre os 5 riscos que você corre se fizer errado. Confira!
Por aqui também já falamos sobre calibragem dos pneus: seus impactos e como fazer. Além de como medir os pneus do carro e o que suas siglas indicam (AT, MT, HT e SUV). Sem falar na questão da marca de pneu mais vendida no Brasil.
1. Problemas com o sistema de frenagem
Quem diria que a performance dos freios pode mudar se a pressão estiver acima do indicado no modelo do pneu? O problema é que a calibragem excessiva muda o design idealizado para aquele tipo de pneu. O que muda sua dinâmica de relação com o solo.
Basicamente, os ombros (laterais) do pneu incham. Isso faz com que a banda central da peça perca a devida aderência em relação ao chão. E é justamente aí que o sistema de frenagem começa a ficar comprometido, podendo perder eficiência na resposta.
2. O pneu pode desprender da roda?
Deve parecer exagero ou piada, mas a verdade é que a falta de pressão devida pode ocasionar isso. Ou seja, a calibragem abaixo do indicado torna o pneu mais “flácido” do que deveria ser. Isso inclui problema de pressão (baixa), ou de período (demora para calibrar).
O nome técnico para esse imprevisto ou acidente é “detalonamento”. Na prática, além da baixa pressão é preciso que o carro esteja numa manobra de tipo curva fechada. E com peso excessivo também. Mas bem que pode acontecer. Então, todo cuidado é pouco.
3. Aquaplanagem
Desse problema todo mundo já ouviu falar, sobretudo quem mora em regiões muito chuvosas. Mas pouca gente sabe que a pressão do pneu pode tornar seu carro ainda mais suscetível à aquaplanagem. E, consequentemente, à perda de controle.
Isso também inclui tanto problema na pressão (baixa), quanto no período (demorado). Seja como for, o pneu flácido ou murcho tem uma dinâmica de contato maior com o solo. O que em caso de chuvas e poças de água faz o pneu “escorregar”, isto é, aquaplanar.
4. Menor resistência a impactos
Dizer que um pneu com pressão abaixo da correta fica “fraco” parece vago. Mas que ele perde força e fica mais suscetível a impactos, quanto a isso não há dúvidas. Isso pode ocorrer por vários motivos, alguns deles bem triviais e rotineiros.
Ou seja, não é preciso que ocorra uma grande pancada para o pneu murcho ser impactado negativamente. Pegar um buraco ou vala já pode bastar para gerar fissuras ou “bolhas”. Sem falar na famosa topada no meio fio, ao balizar o carro na rua.
5. Carros específicos, como SUVs e picapes
Por fim, a falta ou excesso de pressão ainda pode trazer danos e riscos no caso de carrocerias específicas. Por exemplo, um SUV pode capotar com pneu murcho. É isso mesmo, pois eles têm um centro de gravidade alterado em relação a carros baixos.
Por isso, o impacto do pneu murcho é diferente no SUV e nos hatches ou sedãs. Mesmo com o famoso controle de estabilidade, as curvas se tornam perigosas com a aderência do pneu operando sem eficiência.
Já o excesso de pressão pode tornar uma picape extremamente instável, já que o pneu cheio “quica” mais. É importante dizer isso, pois todo dono de picape aumenta a calibragem quando vai sobrecarregar o veículo. Mas é preciso reduzir novamente depois.