É verdade que o modo de “cambiar” o carro pode aumentar sua vida útil e até economizar combustível? Dito de outro modo, quando falamos em câmbio manual, existe mesmo um tempo certo para trocar a marcha? Entenda melhor neste artigo!
Por aqui já falamos diversas vezes sobre assuntos paralelos e igualmente pertinentes. Por exemplo, ao tratar dos tipos de câmbio, além de suas vantagens e desvantagens. Ou ainda, sobre o câmbio CVT, como ele funciona e quais os exemplos nacionais.
Câmbio manual: o seu funcionamento
Como mencionado acima, a vida útil não apenas do câmbio, mas de diversas peças e partes do carro, está ligada ao câmbio. Por isso mesmo, a capacidade que o motorista tem de fazer um bom uso do sistema, impacta o desempenho do veículo.
Dito de outro modo, a maneira como o condutor passa as marchas influencia na preservação das peças. Também assim, mexe com o gasto de combustível, podendo economizar. Ou então, gastar bem mais do que o necessário para aquele tipo de motor.
Justamente por isso, os mais antigos diziam que o motor e o câmbio não podem ficar “rateando”. Que é a marcha acima, deixando o motor fraco. Ou então, não pode ficar “esgoelando”, que é a marcha abaixo, que deixa o motor sobrecarregado.
Essas duas palavras indicam o mau funcionamento de uma máquina, mas também certo barulho inadequado. Ou seja, o termo remete à famosa ideia de que o carro “pede” marcha. Esse critério pode até ajudar uns e outros, mas não é absoluto.
Se você quiser se guiar bem, tem outros modos mais exatos, e simples de fazer. Geralmente, o ideal é passar a marcha com a RPM (Rotações por Minuto) do motor em 2 mil giros. Veja abaixo como considerar isso na prática.
Câmbio manual: dicas de uso e preservação
Falar da RPM do motor é algo relativamente técnico. Contudo, existe um dispositivo no painel de instrumentos voltado especificamente para isso. Trata-se do próprio conta-giros, que pode auxiliar justamente na passagem de marcha.
Como vimos, em geral os 2 mil giros indicam a necessidade de cambiar. Contudo, esses dados podem variar de modelo para modelo. Na verdade, até carros do mesmo modelo podem variar, conforme a versão e a motorização daquele veículo específico.
Também existe a faixa vermelha no visor do conta-giros. Podemos dizer que a partir dela o motor já começa a ficar comprometido em sua atividade normal. Já se você não conta com esse dispositivo visual, pode tentar fazer pelo velocímetro mesmo.
Basicamente, você pode seguir a seguinte lógica:
- 1ª marcha até uma média de 15 km/h;
- 2ª marcha até uma média de 25km/h;
- 3ª marcha até no máximo 50km/h;
- 4ª marcha até 60 km/h ou 70 km/h.
A 5ª marcha, por sua vez, é mais utilizada a partir desse número. Geralmente, já em contexto de estrada e de alta velocidade do motor. Nesse momento o carro fica bem mais “leve”. O que também pede prudência redobrada por parte do motorista.