Pisar no pedal e ver o carro parar é simples, mas o sistema de frenagem é bem mais difícil do que parece. É o caso de quando falamos sobre servofreio ou assistência a hidrovácuo, e logo surge a questão: o que esse recurso é e por que importa?
Dada a complexidade do sistema de freio, por aqui também já falamos sobre pontos importantes a esse respeito. Como a diferença entre freio a disco e freio a tambor. Ou o que fazer caso o freio venha a falhar. Além de 5 hábitos perigosos ao volante.
Servofreio: origem e função
O modo como se dá a distribuição da força de frenagem é algo bem interessante. Aliás, o tema tem se tornado mais atual do que nunca, já que alguns carros elétricos reaproveitam essa “energia”. De qualquer modo, esse ponto é antigo no sistema de frenagem.
No começo os sistemas eram mecânicos e bem grosseiros, tanto que os pedais eram mais “pesados”. Com o passar do tempo, a tecnologia permitiu tornar o sistema cada vez mais sutil e mais inteligente. Aí é que surge o servofreio, ou auxílio a hidrovácuo.
Trata-se de um sistema de assistência, também chamado de “servo do freio”. Antes a frenagem mecânica exigia mais força para acionar o sistema. Ela “empurrava”, sem auxílio, os pistões e os cilindros do tambor, tanto nas rodas dianteiras quanto traseiras.
Com o assistente tudo fica mais fácil, e o caminho mais encurtado. O próprio pedal se comunica mais diretamente com o pistão do cilindro mestre. As pinças do freio individual e componentes do tambor também tiveram um curso reduzido.
Servofreio: 2 tipos de sistema
Na prática, é como se o sistema com servofreio gerasse uma força de alavanca. Afinal, o esforço se torna cada vez menor, o que não compromete o desempenho do sistema. Ou seja, o esforço do pé do condutor é menor, e ao mesmo tempo amplifica a força do sistema.
Trata-se de uma “ajuda extra”, que pode funcionar de diversos modos. Um dos principais é a assistência do vácuo oriundo do sistema de combustível do motor. Esse vácuo é canalizado e, com o acionar do pedal de freio, empurra o pistão contra o cilindro mestre.
Outro tipo de sistema é o famoso “hidroboost”. Essa tecnologia se comunica com a pressão exercida no sistema de direção hidráulica, quando há essa assistência de direção no veículo. A força gerada é maior que a do vácuo do combustível.
Por isso, a assistência de hidroboost é comum apenas em carros mais potentes, como os de motor turbinado ou sobrealimentado. E também em veículos maiores, como caminhões e automóveis de carga pesada. Veículos geralmente movidos a diesel.