Alguns dispositivos são tão básicos que parece que vão existir para sempre. É o caso do freio de mão. Por isso, veja seu passado, presente e futuro. E entenda melhor por que alguns carros já não têm mais o recurso da “alavanca manual”.
Indo na mesma linha, por aqui já falamos sobre o que exatamente fazer caso o freio do carro venha a falhar. E também sobre os devidos cuidados com o freio: 5 indícios de que vem problema pela frente. Além da luz do freio no painel e como ficar de olho nela!
Freio de mão: os tipos e mecanismos existentes
Também chamado de freio de estacionamento (na verdade o nome mais correto), a maioria dos brasileiros conhece esse dispositivo. Melhor dizendo, a maioria conhece o “freio de mão” no formato de uma alavanca acionada manualmente.
Outra solução praticamente tão antiga quanto essa é a do “freio estacionário de pé”. Mais comum nos EUA e na Europa, trata-se de um pedal à esquerda do motorista. Mais recentemente, porém, surgiu a grande mudança dessa área.
Trata-se do freio de estacionamento elétrico. Graças a ele, basta você acionar um botão na porta do carro, como se fosse o botão do vidro elétrico. Ou no console, e pronto. Ou seja, você não precisa mais fazer força numa alavanca para deixar o carro estacionado.
Freio de mão elétrico: como é o seu funcionamento
Ao ler de passagem, alguns podem achar que a única diferença dessa tecnologia é o modo de acioná-la. Mas é muito mais do que isso. Já que o antigo “freio de mão” funciona à base de um cabo de aço.
Com ele, a pressão criada (literalmente “no braço”) atua sobre as lonas dos freios das rodas traseiras. Descrevendo assim, parece mesmo algo arcaico, não é verdade?! A grande sacada do freio de estacionamento elétrico é sua ligação com o ABS.
Assim, ao acionar o botão elétrico, ele simplesmente trava as rodas do carro de modo automatizado. Além disso, o sistema tem a função de “frenagem parcial”. Caso o freio do pedal do carro quebre, ele modula a pressão até parar o veículo de modo seguro.
Freio de mão elétrico: percentuais e marcas
Quem saiu na frente com essa tecnologia foi o Reino Unido. Por lá, quase 90% dos veículos já contam com o freio de estacionamento elétrico. Ou seja, praticamente 9 de cada 10 carros. O levantamento é do portal CarGurus UK, que mensura esses dados desde 2018.
De lá para cá, a queda dos “freios de mão” por alavanca foi de 37% para os quase 10% atuais. Ou seja, o futuro do dispositivo está realmente comprometido. Lembrando que isso já era esperado por conta da própria eletrificação dos carros.
Os exemplos mais modernos vão desde BMW até Peugeot. Passando por Citroën e Nissan. Da Peugeot só o 108 ainda tinha a alavanca, mas já saiu de linha. O Citroën C1 teve o mesmo destino. Igual ao Nissan Micra, que também deu adeus ao dispositivo.