Esse assunto é sempre importante e, claro, urgente. Ainda assim, muita gente fica na dúvida sobre até onde vão seus direitos e deveres na hora do recall automotivo. Afinal, o que ocorre se você não levar o seu carro? Confira abaixo as consequências!
Por aqui, também já falamos sobre quais foram os recalls mais polêmicos até hoje no Brasil. Além de artigos noticiosos, como quando a Fiat fez recall em airbags de Uno, Palio, Grand Siena e Fiorino. E o Fiat Argo 2023 teve recall por problema no painel.
Recall automotivo: como funciona o protocolo
Caso a montadora de determinado modelo ou lote identifique um defeito seriado em carros já vendidos, ela aciona o recall. A palavra divide espaço no dicionário com “remind”, no sentido literal de “fazer lembrar”.
A ideia é, justamente, chegar em todos os proprietários dos veículos para que eles não se esqueçam. Por isso, as marcas costumam lançar mão de anúncios em TV, rádios, jornais e, claro, na internet. Quem está em dúvida, inclusive, basta checar o site da montadora.
Hoje o proprietário também pode ser avisado pelo próprio aplicativo da Carteira Digital de Trânsito. Tudo isso deixa bastante claro que se trata de algo urgente, não é mesmo? Ou seja, a segurança e até a vida de pessoas está em risco, daí todo o alerta.
Pouca gente sabe, mas além de gratuito, o recall é uma obrigação da montadora, que não pode impor datas. Claro, o ideal é o proprietário levar o mais rápido possível. Porém, caso a data anunciada “vença”, ainda assim a fábrica é obrigada a atender gratuitamente.
Recall automotivo: escala FMEA e legislação
Como vimos, o anúncio do recall foca o alerta de defeitos seriados. Por isso mesmo, a chamada sempre informa o chassi dos veículos envolvidos. Além de defeitos, também há casos de inconformidade com alguma questão legal.
O que, no fundo, também pode ter a ver com segurança, seja de curto, médio ou longo prazo. O termo técnico que as próprias fábricas utilizam é FMEA. Sigla para Failure Mode and Effect Analysis, ou seja, “Análise de Modos de Falha e seus Efeitos”.
Esse sistema permite mensurar a gravidade da situação de modo escalonado, de 0 a 10. Mas não pense que isso tem a ver com grau de urgência, pois mesmo nível 1 já é urgente. A ideia é, justamente, indicar um alerta mesmo que haja apenas “possibilidade” de defeito.
Ou seja, em tese um grau mínimo de riscos de defeito e acidentes já deve ser levado em conta por qualquer montadora. Daí que você deva levar seu carro mesmo que ele nunca tenha apresentado qualquer mau funcionamento.
Entende-se que quanto mais você demorar, pior pode ser. Tanto que, em alguns casos mais graves, a fábrica pode chegar a retirar o veículo de circulação. O que também permite, legalmente, pedir ressarcimento ou troca do automóvel.
Aliás, falando em legislação, a lei 14.071/2020 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), remete ao recall. Segundo o texto, todo proprietário é obrigado a atender o chamado. Do contrário, o licenciamento e até a transferência do veículo ficam impossibilitados.