Sim, alguns concorrentes que parecem se odiar na verdade “fazem churrasco junto no fim de semana”. Daí que seja interessante falar dos casos de motor de uma marca em carro de outra marca. Para entender melhor, veja abaixo 5 casos emblemáticos no Brasil!
Por aqui também já falamos sobre motor dianteiro, central e traseiro: quais as diferenças, afinal? Sobre motor aspirado x turbinado: quais as vantagens e desvantagens de cada um. E até sobre motor flex: origem e atualidade dessa tecnologia que conquistou o Brasil.
1. Ford x Volkswagen
Quem se lembra da Auto Latina, dos idos de 1987, vai se recordar que essas duas gigantes dividiram motores e plataformas. Por isso, vários carros da Ford levaram sob o capô motores da Volkswagen. Como o Escort e o Del Rey, com o propulsor AP 1.8.
O caso contrário nós vemos em modelos como Gol, Voyage, Parati e Saveiro. Foi o tempo do famoso CHT 1.6 litro. O caso mais marcante é o dos primeiros Gol 1.000, reduzidos para 1.0. A parceria durou até 1996. Sem falar no dedo da Renault nessa época, o que detalhamos abaixo.
2. Renault x Ford
Na verdade, um dos motores mais usados pela Ford é um Renault. A história começa em 1967 (época da extinta Willys-Overland), quando surgiu um projeto chamado Renault R12. Após intrigas corporativas, foi a Ford quem lançou o modelo, em 1968.
De que modelo estamos falando? Nada menos que o Corcel 1.3, com propulsor da Renault. Depois ele se desenvolveria, subindo a 1.4 e, enfim, 1.6. Em 1983 já tínhamos a versão CHT, que é como ficou mais famosa. Outros modelos incluíram Belina, Pampa e Verona.
3. Nissan x Renault
Essa é uma parceria global, que depois ainda incluiria a Mitsubishi. Hoje a maioria dos carros da Renault no Brasil têm motor da Nissan. O maior exemplo é o SCe 1.6 de 4 cilindros e 16V da francesa, que no fundo é o HR16 da marca japonesa.
Aqui estamos falando de modelos como Sandero, Captur, Logan, Oroch e Duster. Bem como de modelos que vão do Kicks, e do Versa até o March. Lembrando que a fórmula Nissan x Renault demorou mais para sair, tendo começado com o propulsor do Livina, hoje descontinuado.
4. Fiat x Chevrolet
Outra parceria de alcance global, aqui no Brasil a movimentação deixou seus rastros. Como vemos com o motor Chevrolet Família I, que saiu sob o capô de carros da Fiat, como o Stilo de 2002, o Palio, o Doblò, o Punto e o Idea. Hoje o propulsor equipa o Chevrolet Spin.
5. BMW x Fiat-Chrysler
Por fim, no meio de negociações entre BMW, Chrysler e Rover, quem saiu ganhando foi a Fiat. Como ela tinha rompido com a GM, acabou na parceria com a Chrysler, levando os motores Tritec (BMW). A parceria acabaria em 2021, com a entrada da Stellantis na história.
De qualquer modo, com as fábricas vieram os projetos do E.torQ 1.4, 1.6 e 1.8. Hoje o encontramos sob o capô de modelos como Argo, Cronos e Toro. Como o mundo dá voltas, atualmente ele também se encontra no Jeep Renegade.