Depois de enfraquecida pelo escândalo da prisão e fuga cinematográfica do ex-CEO da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi Carlos Ghosn, a empresa pretende dar uma reviravolta e alavancar seus rumos. E eles devem ser revelados no próximo dia 6 de fevereiro, segundo a agência Automotive News Europe.
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O escândalo fiscal abalou até mesmo a relação entre os governos japonês e francês. Agora, Renault e Nissan, parceiras há 20 anos, deverão mostrar cinco projetos para praticamente recomeçar a Aliança.
Segundo o jornal francês Le Figaro, a Renault era mais ambiciosa, querendo trabalhar com 10 a 15 projetos em comum com a Nissan. Mas a japonesa a fez reduzir o balanço para 5 novos carros.
As empresas ainda não falam sobre os novos projetos. A Automotive News, com informações do portal Motor1, afirma que a Índia poderá ganhar mais modelos.
Hoje a Renault só vende 3 carros lá, Kwid, Kiger e Triber, todos sobre a mesma plataforma. A Nissan tem Kicks e Magnite, este muito cotado para o Brasil, mas o projeto nunca se concretizou.
Outro projeto estaria no setor comercial, onde as duas marcas têm forte tradição. A Renault produz furgões comerciais para a Europa, inclusive já com a nova Master no forno. Enquanto a Nissan tem vasta experiência em picapes e utilitários com cabine sobre chassi.
Bem que as duas tentaram fazer o trio Frontier, Alaskan e Classe M acontecer, mas vários fatores pontuais fizeram o projeto naufragar.
Na América Latina, atualmente, as marcas operam de forma totalmente separada, com linhas distintas. Nem mesmo motores são compartilhados mais, com o fim dos March e Versa 1.0, que usavam motores Renault.
Mas enquanto a Renault vem trabalhando forte para modernizar sua linha, adotou motores turbo em Captur e Duster (de origem Mercedes-Benz, parceira distante da Aliança), e trabalha num novo SUV compacto baseado na plataforma CMF, a Nissan parece parada.
Já a Mitsubishi, a última a entrar na Aliança, ainda começa a colher os frutos de ter entrado no negócio, depois de todo o turbilhão causado por Carlos Ghosn. Por enquanto, a linha vendida no Brasil ainda é controlada pela HPE Motors, importadora e fabricante.
Fora do País, a Mitsubishi tem uma linha menor e muito espalhada ao redor do mundo. Ela se divide em produtos específicos para o mercado doméstico japonês, outros para Ásia-Pacífico, Austrália e um novo Outlander vendido nos Estados Unidos.
A marca tem um bom sistema PHEV, limitado aos Outlander Sport, Eclipse Cross e ao Outlander americano. Além disso, mantém boa reputação com a L200, também vendida no Brasil.
Nenhum deles, no entanto ainda tem qualquer participação da Aliança.