Se no Brasil Mistubishi e picapes são praticamente sinônimos, nos Estados Unidos o cenário é bem diferente. A marca sobrevive apenas de SUVs, e sua última picape por lá foi a Raider, produzida até 2009, algo que parece estranho num país tão vidrado em picapes e por uma marca tão reconhecida por elas.
E mais, a própria Raider nem Mitsubishi “de verdade” era. A picape na verdade uma Dodge Dakota com algumas mudanças estéticas e emblemas da marca japonesa.
Na época, as duas fabricantes tinham um acordo pelo qual a Mitsubishi podia fazer a chamada “engenharia de emblemas” em carros da Dodge. O contrário também foi feito, e a conhecidíssima L200 chegou a ser vendida nos EUA como Dodge 50.
Agora, com o mercado de picapes menores voltando a reaquecer por lá, a Mitsubishi voltou a se interessar em ter uma picape em solo americano.
Dessa vez, a opção mais viável seria por meio da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, onde a Nissan já produz a Frontier no Mississipi. Uma nova picape poderia ser feita com a plataforma da Frontier por lá.
Assim, a marca evitaria ter de importar uma picape para os Estados Unidos, processo que incorre na chamada “taxa do frango”, imposta justamente para dificultar a entrada de picapes importadas por lá.
Além da base da Frontier, uma outra picape, monobloco, poderia ser desenvolvida a partir da plataforma do Nissan Rogue, que já deu origem ao novo, e bem sucedido, Mitsubishi Outlander.
Isso significa que, em todo caso, dificilmente a L200 Triton, justamente a picape pela qual a marca é tão conhecida globalmente, deverá chegar aos Estados Unidos tão cedo.