Os mais velhos ainda vão se lembrar que antigamente os paralelepípedos dominavam as ruas brasileiras. Apesar disso, a pavimentação asfáltica é mais antiga do que a maioria pensa. Por isso mesmo, decidimos detalhar essa curiosidade. Abaixo, entenda a história do asfalto no Brasil e no mundo. Imperdível!
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A história do asfalto no Brasil e no mundo
Pouca gente sabe, mas a ideia de fazer uma mistura quente para pavimentar uma via é algo milenar. Data de 3 mil anos a.C. o primeiro uso, para conter vazamentos em reservatórios fluviais. E já no século VII a.C., na Babilônia, surgia a primeira via asfaltada, para circulação de pessoas e animais.
Na época, a matéria-prima era extraída de lagos mais pastosos e de regiões pantanosas em geral. Modernamente, porém, o asfalto só vai ressurgir nos anos de 1870, em vários países ao mesmo tempo. De modo especial nos EUA e em países europeus, como a Inglaterra e a França.
Também não é de conhecimento popular, mas um dos motivos para buscar a melhor composição entre asfalto e outros agregados é a saúde pública. Por mais incrível que possa parecer. Isso porque o pó das estradas de terra pode fazer mal à saúde, por culpa da exposição prolongada.
Desde 1901 já se sabia isso, graças ao doutor Guglielmetti, um francês que liderou pesquisas na área. Com o tempo, as misturas e compostos incluíram elementos betuminosos e petróleo. Do mesmo modo, a aplicação deixou de ser manual para usar de tração animal, e depois maquinal.
Em nosso caso, temos a Avenida Paulista, principal via de São Paulo. Ela foi a primeira via asfaltada não apenas do Brasil, mas na América Latina. O que remonta aos idos de 1909, com uma mistura que veio direto da Alemanha. Mas há outro personagem fundamental nessa história: o paralelepípedo.
Nesse sentido, a Paulista foi a exceção das exceções, pois até os anos 1980 ainda era comum ver ruas com paralelepípedo pelo Brasil todo. De lá para cá é que a solução asfáltica realmente se disseminou. Porém, nos últimos anos ela também tem sido problematizada.
Por uma questão ecológica, muitos têm questionado a eficiência ou mesmo a validade do asfalto das rodovias, ruas e vias como um todo. Em países de primeiro mundo, esse debate surgiu nos pós-guerra, na década de 1950. E se intensificou após a crise de energia, já nos idos de 1970.
Curiosamente, o paralelepípedo voltou a ser procurado, como sinal de conscientização e até de charme. Isso ocorre sobretudo por parte de condomínios residenciais e comerciais. Mas também por parte de algumas prefeituras, especialmente em trechos históricos e turísticos.