Um dos itens mais antigos do universo automobilístico é também um dos que menos “evoluiu” nas últimas décadas. Mas, engana-se quem pensa que esse dispositivo não precisa ir além da luz vermelha, amarela e verde. Hoje já se fala em semáforos inteligentes: entenda seu conceito e sua atualidade!
De modo bastante parecido, por aqui também já falamos sobre semáforo ou sinal de trânsito: quando o dispositivo surgiu no Brasil e no mundo? Sobre uma regra nova que permite furar sinal vermelho, mas gera confusão. E até sobre a faixa de pedestres: conheça sua origem e importância. Não perca!
Semáforos inteligentes: a origem de tudo
Para começar, vale lembrar que os semáforos, sinaleiros ou faróis, como também são chamados, surgiram há mais tempo do que imaginamos. Tudo começou no século XIX, nos anos de 1868, em Westminster, Londres, perto do famoso Palácio de Buckingham.
Ele tinha braços mecânicos e funcionava à base de gás e querosene. Infelizmente, em poucos dias o dispositivo explodiu e matou um policial, que na época atuava como agente de trânsito. Por isso, o semáforo só iria reaparecer no século XX, nos Estados Unidos.
O formato de três cores que conhecemos hoje, foi criado em 1914, na cidade de Cleveland (em Ohio, EUA). No Brasil, o primeiro semáforo surgiu em 1935, no Brás, que é um bairro tradicional de São Paulo, na capital.
De lá para cá, o dispositivo se universalizou nesses moldes. Isto é, aplicando a luz de cor vermelha para o carro parar, a amarela para indicar alerta e a verde para o veículo prosseguir.
Depois surgiriam semáforos de pedestres, aliados às faixas de pedestres, para reduzir acidentes e atropelamentos. E também surgiriam semáforos de três tempos, para administrar cruzamentos com mais de duas ou três ruas.
Sem falar em faróis com contador regressivo digital ao lado das luzes, tanto para veículos quanto para pedestres (como na foto acima). Mas é dos anos 2000 para cá que começa a surgir o conceito de “semáforo inteligente”.
Em geral, isso remete ao uso de luzes de LED, e de nobreak contra quedas de energia. E alguns são conectados por GPS e 3G, para manutenção a distância. Contudo, originalmente o conceito vai muito além disso, como fica claro adiante.
Semáforos inteligentes: o que realmente são?
Como vimos antes, alguns confundem semáforos com conexão 3G com os “semáforos inteligentes”, mas a verdade é outra. No fundo, um semáforo inteligente vai muito além disso. A começar pelo fato de que sua conexão precisa ser 5G, e não 3G apenas.
Quem deu esse primeiro passo na indústria automotiva foi a Audi, com os modelos A4 e Q7. Por meio da tecnologia V2I, sigla para Vehicle to Infrastructure. Ou seja, aquilo que vai “do veículo para a infraestrutura”, e vice-versa. No caso, o painel do carro informa quando o semáforo fecha e abre, trazendo conforto e segurança.
No entanto, logo se percebeu que essa tecnologia pode ir muito além. Daí a necessidade da conexão 5G, que permite um tráfego de informações bem mais ágil e eficiente. O que se vislumbra é que, no futuro, todos os carros vão se comunicar com os semáforos, e talvez até entre si mesmos.
Assim, o tráfego de veículos vai se tornar algo como um grande software ou plataforma em que os carros “entram e saem” o tempo todo. No fim das contas, o funcionamento é mais ou menos como o do tráfego aéreo, que tem um controle central para aconselhar e operar as aeronaves.
Deste modo, seria possível dizer a que velocidade cada veículo deve se aproximar do “semáforo inteligente”. Em que faixa permanecer se for fazer uma curva. Flexibilizar o timer de abertura e de fechamento. E até permitir exceções, como cruzar o farol de madrugada.
Ou ainda, criar situações especiais para ambulâncias e bombeiros. Neste ponto, o tema cruza a questão dos veículos 100% autônomos. E da tecnologia ADAS, que remete ao presente e ao futuro dos carros autônomos. O que deverá revolucionar não só os semáforos, mas toda a mobilidade humana.