Nos últimos anos, as questões ambientais e ecológicas se tornaram um problema impossível de ser ignorado. Isso é verdade no Brasil, como é em praticamente todo o mundo. Por isso mesmo é que decidimos falar sobre combustível derivado de pneus. Ele é mesmo uma solução ambiental? Entenda!
De maneira bastante semelhante, aqui no blog nós também já falamos sobre os “pneus verdes”: afinal, o que eles são e quais as suas vantagens? Falamos sobre 5 modos de você ampliar a vida útil dos pneus do seu carro. E também sobre o filtro de combustível do carro: entenda sua localização e importância. Não perca!
Combustível derivado de pneus: o que é exatamente?
Como vimos acima, as questões ambientais já se tornaram alarmantes em vários pontos do mundo, incluindo o Brasil. Lembrando que a indústria de pneus é globalizada, de modo que abrange diversos países em termos de importações e exportações de produtos, matérias-primas e afins.
Nessa cadeia de importações e exportações, o pneu velho é chamado de “pneu inservível”. Justamente porque ele não serve mais para uso. Nesse processo todo, é consideravelmente grande a emissão de gases poluentes que a indústria automotiva de pneus despeja diariamente na atmosfera.
É certo que esse universo se mostrou economicamente viável para as grandes marcas. Ou seja, aquelas que mais vendem pneus no Brasil e no mundo. Contudo, a questão que se coloca hoje é de tornar tal cadeia produtiva também responsável em termos ambientais.
Uma grande alternativa que surge em cena é a da economia circular. Que se trata, no fim das contas, da produção baseada na reciclagem e reaproveitamento de materiais descartados. É o caso do combustível derivado de pneus que entraram em desuso, por qualquer motivo que seja.
O que importa não é a procedência ou situação do pneu, e sim o reuso da sua matéria-prima, que é a borracha. Sem falar em material têxtil, matéria metálica, “negro de fumo” e, justamente, derivados do petróleo.
Combustível derivado de pneus: como fazer sua parte?
Detalhando a confecção do pneu de carros de passeio (que referimos antes), temos números interessantes. São cerca de 40% de borracha (dividida entre natural e sintética). Quase 30% de negro de fumo e quase 20% de derivados de petróleo e produtos químicos.
A parte têxtil e metálica fica com o restante da composição geral. O ponto central, quando o assunto é o combustível derivado do petróleo, é que um pneu inutilizado ainda está longe da sua biodegradação. Ou seja, se ele fosse apenas descartado, sem reuso, traria muitos males à natureza.
Além de que sua queima ilegal traz riscos à saúde humana e animal. Na prática, a reutilização dos pneus para confecção de combustível é extremamente eficiente. O potencial energético dessa mistura é maior, por exemplo, do que o do carvão betuminoso.
No processo, ainda são acrescentados outros resíduos químicos, além de carvão e até madeira, também de reuso. Há um modo de cada um de nós fazermos parte desse grande movimento internacional, sabendo lidar com pneus inservíveis.
No Brasil, temos a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), que lida com certificações ISO 14001 e ISO 9001. Então, ao trocar os pneus do carro, procure uma borracharia ou loja qualquer afiliada, que emita tais certidões oficiais.