A GM anunciou um investimento de US$ 450 milhões (R$ 2.2 bi) na EnergyX, uma startup de mineração de lítio sediada nos Estados Unidos e em Porto Rico que trabalha num novo método mais eficiente (e barato) de extração do metal. A EnergyX desenvolve a pesquisa na Argentina, Bolívia e Chile.
A startup extrai o lítio diretamente do solo, sem usar os métodos mais tradicionais como minas a céu aberto ou lagoas de evaporação. Além de mais danosos ao meio ambiente, eles são apontados como gargalos na extração do lítio, componente fundamental para produção de baterias para carros elétricos, e para qualquer outro equipamento que necessite de baterias.
O investimento da GM dará à EnergyX fundos e pessoal (incluindo pesquisadores da própria GM) para aumentar a escala do método de extração do lítio diretamente dos depósitos de salmoura, justamente onde estão as maiores concentrações do metal.
A GM já investe em mineração de lítio na Argentina por meio de um acordo com a mineradora Livent. Isso porque a gigante americana precisa impulsionar o projeto das baterias Ultium de fabricação própria, deixando de depender de fornecimento externo do componente.
Stellantis e BMW também estão de olho no lítio argentino e também já possuem acordos comerciais para garantir que tenham fornecimento do metal. A procura pelo lítio disparou com a guinada da indústria automotiva para os carros elétricos. E só deve piorar, considerando que ainda uma pequena parcela da população mundial que tem acesso e usa modelos a bateria.