Os próximos dois anos serão agitados para a Stellantis e particularmente para a Fiat. Isso porque a fabricante instalada em Minas Gerais logo vai precisar se mexer para atualizar a gama Argo e Cronos. Eles estão ficando para trás em termos tecnológicos em relação a concorrentes mais novos, como os Peugeot 208 e Citroën C3. E o Argo 2025 pode ser a resposta para isso.
A solução para criar o novo Argo pode estar dentro de casa mesmo, na forma de um novo compacto também feito sobre a plataforma dos dois franceses.
Argo e Cronos já se aproximam do fim de seus ciclos de vida e precisarão ser modernizados. Em 2022, a Stellantis anunciou 16 novos carros até 2025 na América Latina para todas as marcas, e um novo Argo pode ser um deles.
Segundo informações da agência Automotive Business, a Stellantis confirmou que o modelo estará no próximo planos de investimentos da empresa, que ainda será anunciado. Portanto, é provável que o novo Argo chegue por volta de 2025, já que a plataforma CMP é bastante versátil e a Fiat é conhecida por ser ágil no desenvolvimento de produtos.
O modelo da Fiat pode seguir um caminho próprio de mercado, diferente do que a Stellantis fez com a dupla 208 e C3, deixando o Peugeot mais sofisticado e o C3 mais focado em baixo custo.
Assim, o novo Argo 2025 estaria livre para concorrer com o próprio 208, Chevrolet Onix e VW Polo, por exemplo. Poderá ter o motor 1.0 turbo de 130 cv e câmbio CVT nas versões de topo e até quem sabe uma versão esportiva Abarth, com o 1.3 turbo que rende 185 cv em Pulse Abarth, Fastback by Abarth e os modelos da Jeep.
Dessa forma, a Fiat se mantém competitiva e atualizada no segmento de compactos, e mantém rentabilidade e economia de escala usando a plataforma CMP, ponto que é diretriz da Stellantis desde que foi formada pela união da PSA Peugeot Citroën e Fiat-Chrysler.
Quem deve sumir com todas essas mudanças é o Mobi. Embora o modelo seja um dos carros mais baratos do País, ele vende menos até que o Argo, e é feito sobre uma plataforma antiga, que deve ser descontinuada e dar lugar na linha de montagem a produtos mais modernos.