Menos de um mês após o lançamento do programa de estímulo à compra de carros novos pelo Governo Federal, a Volkswagen anunciou a paralisação temporária de suas três principais linhas de montagem no país.
As fábricas afetadas são as de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR), enquanto a unidade São Carlos (SP), onde a marca fabrica motores, permanece em operação. A Volkswagen justificou a interrupção das atividades devido à “estagnação do mercado”, mesmo com a crescente demanda observada recentemente.
A linha de montagem em São José dos Pinhais, responsável pela produção do SUV T-Cross, já estava operando em apenas um turno, com o segundo turno suspenso desde o dia 5 de junho. Essa medida, conhecida como “layoff”, tem duração mínima de dois meses e pode se estender por até cinco meses. Agora, o segundo turno também será suspenso temporariamente de 26 a 30 de junho, utilizando o banco de horas dos funcionários.
Em São Bernardo do Campo, onde são produzidos os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro, os operários entrarão em regime de férias coletivas a partir de 10 de julho. A data de retorno ainda não foi informada, afetando ambos os turnos de produção.
Já a fábrica de Taubaté, responsável pela produção do Polo Track, modelo de entrada da marca, suspendeu suas atividades em 26 de junho, com previsão de retorno em 30 de junho. Essa paralisação temporária também utilizará o banco de horas dos empregados. Essa fábrica era a responsável pela fabricação do Gol, que saiu de linha no ano passado.
A paralisação na Volkswagen ocorre em meio a um cenário de crescimento nas vendas da marca em 2023. A montadora registrou o emplacamento de 90,9 mil unidades entre janeiro e maio deste ano, um aumento de 36% em relação ao mesmo período de 2022. Enquanto isso, o mercado brasileiro de carros novos apresenta um crescimento médio de 9,3% no mesmo período.