No dia 29 de agosto, a Toyota tomou uma medida surpreendente ao anunciar a suspensão de suas atividades em todas as 14 fábricas que mantém no Japão. A decisão veio como resposta a um defeito que afetou o sistema de produção da empresa, causando não apenas um desarranjo na montagem dos componentes essenciais, mas também levantando questionamentos sobre a solidez de sua estrutura operacional. Apesar da lacuna de detalhes sobre a origem precisa do problema, foi prontamente descartada a possibilidade de um ataque cibernético.
As paralisações tiveram início durante as primeiras horas do dia, atingindo inicialmente 12 das fábricas, seguidas por mais duas até o final do período local. Ainda que os impactos exatos desse revés estejam por ser calculados, uma estimativa preliminar indica que as fábricas interrompidas são responsáveis por cerca de um terço da produção global da Toyota.
O impacto não se limita somente às operações diretas da Toyota; suas ramificações já se fazem sentir nas atividades de afiliadas, como a Toyota Industries, que também precisou interromper parcialmente suas operações em duas fábricas de motores devido à interrupção nas cadeias de suprimentos.
Cabe lembrar que no ano anterior, a Toyota já havia enfrentado desafios similares, quando um ataque cibernético à rede de um fornecedor resultou em uma pausa temporária na produção. Naquela ocasião, a empresa conseguiu retomar as operações por meio de uma rede alternativa.
Esta nova paralisação surge como um revés significativo para a Toyota, que vinha enfrentando as dificuldades da escassez global de semicondutores. Segundo informações da Reuters, nos primeiros seis meses deste ano, a empresa registrou um aumento notável de 29% na produção, marcando um avanço notável após um período de dois anos de estagnação. Contudo, esse contratempo imprevisto lança uma sombra sobre essa tendência positiva de recuperação.