A crise persistente na indústria automobilística argentina continua a lançar sombras sobre o setor, com múltiplas fábricas atualmente paralisadas devido à escassez de peças e insumos, exacerbando a difícil situação econômica do país. O Ministério da Economia, liderado por Sergio Massa, interrompeu completamente as importações de componentes essenciais para a produção, resultando na suspensão das atividades em várias plantas e no adiantamento de férias para muitos trabalhadores.
O problema da falta de matéria-prima para a produção acentuou-se desde o início do segundo semestre, com a escalada da inflação e a escassez de divisas, levando o governo a restringir as licenças de importação. Agora, cada empresa necessita de autorização do Ministério da Economia para importar componentes, mesmo que possua dólares próprios para realizar as transações.
Entre as montadoras impactadas, a Nissan e a Renault estão entre as mais afetadas, tendo interrompido temporariamente a produção no complexo de Santa Isabel, em Córdoba. Modelos como Alaskan, Kangoo Express, Kangoo Stepway, Sandero, Logan, Stepway e Nissan Frontier são produzidos nesta instalação.
Em General Pacheco, na província de Buenos Aires, a Ford optou por adiantar as férias dos funcionários, justificando a medida pela necessidade de “reorganizar seus estoques e os dos fornecedores, que enfrentam uma situação crítica há mais de 45 dias”. Durante esse período, a marca espera restabelecer seu suprimento de peças automotivas e, assim, retomar a produção sem interrupções imprevistas. Na unidade, a picape Ranger é o principal produto fabricado.