O CEO da Volkswagen, Thomas Schäfer, reconheceu a necessidade urgente de reformular a empresa, admitindo a perda de competitividade. Em resposta, a gigante automotiva revelou um plano estratégico abrangente destinado a impulsionar sua posição no mercado nos próximos anos.
As mudanças serão amplas, atingindo todos os níveis da companhia, com um foco particular na implementação de um programa de redução de gastos agressivo, visando economizar um total de 10 bilhões de euros até 2026.
Uma das áreas mais afetadas será o desenvolvimento de novos veículos. A Volkswagen planeja reduzir drasticamente o tempo de projeto de seus próximos carros, de 50 para apenas 36 meses. A empresa assegura que esse prazo mais curto não comprometerá a qualidade ou a segurança dos veículos, prevendo uma economia de mais de 1 bilhão de euros até 2028.
Adicionalmente, a montadora planeja uma mudança significativa na fase de testes, reduzindo em 50% a construção de protótipos durante o período de desenvolvimento de 36 meses. Esta medida, embora considerada drástica, é apresentada como uma maneira de economizar 438 milhões de dólares por ano, sem afetar a excelência dos veículos.
O programa de reestruturação também abrange uma busca por aquisições mais rentáveis, otimização dos negócios pós-venda e aprimoramento dos tempos de produção, com uma projeção de redução de gastos de 844 milhões de dólares anuais.
No que diz respeito aos recursos humanos, a Volkswagen delineou cortes de empregos que chamou de “socialmente aceitáveis”. Estão previstas ofertas de aposentadorias parciais para funcionários nascidos em 1967, bem como para aqueles com deficiência grave nascidos em 1968. Além disso, a empresa manterá o congelamento das contratações e do acesso ao grupo salarial Tarif Plus, buscando reduzir os custos com o pessoal administrativo em 20%.