A segunda geração da Volkswagen Amarok enfrenta desafios nas vendas, mesmo com mais tecnologia e robustez. Em seu ano primeiro ano de comercialização em 2023, a picape mais recente encontrou-se distante do sucesso comercial alcançado pela linhagem anterior. Registrando modestas 21.800 unidades vendidas nos mercados europeu, africano, do Oriente Médio e oceânico, a nova geração ainda busca consolidar sua presença.
Em contrapartida, a Amarok antiga, fabricada na Argentina e comercializada na América Latina, manteve sua relevância ao emplacar impressionantes 44.100 unidades durante o mesmo período. Destas, 29.800 encontraram compradores no mercado argentino, enquanto aproximadamente 7.978 foram vendidas no Brasil.
A veterana, com mais de 13 anos de história, demonstrou um desempenho comercial superior, superando em mais que o dobro a geração mais recente lançada em meados de 2022. Somando ambas as gerações, a Amarok atingiu a marca de 65.800 unidades comercializadas globalmente em 2023.
A excepcional performance do modelo mais antigo pode ser atribuída, em grande parte, à eficiente capacidade de produção da fábrica de Pacheco, na Argentina. Mesmo enfrentando desafios decorrentes das restrições à importação de peças e insumos em 2023, a planta manteve um ritmo consistente, garantindo o abastecimento adequado da rede de concessionárias no país.
Não surpreendentemente, a Amarok conquistou a liderança no mercado local de picapes por vários meses, ameaçando o reinado da Toyota Hilux como a mais vendida, com 30.694 unidades contra 29.800.
Quanto ao futuro, a nova geração, construída sobre a plataforma da Ford Ranger e produzida predominantemente na África do Sul, não terá presença nos mercados sul-americanos. Tanto na Argentina quanto no Brasil, a Amarok clássica passará por uma revitalização e continuará sua produção por, pelo menos, mais uma década. Flagras já indicam uma dianteira totalmente redesenhada, incorporando elementos da Saveiro, mantendo viva a presença marcante dessa icônica picape.