Desde fevereiro de 2021, a Ford tem estado sob os holofotes por seu anúncio ambicioso de vender exclusivamente carros elétricos na Europa a partir de 2030. Contudo, recentes declarações e movimentos da empresa indicam uma mudança de curso em sua abordagem.
Veja ofertas de carros usados na Karvi!A lentidão na adoção dos veículos elétricos (EVs), abaixo das expectativas, levou a Ford a reconsiderar seu plano original. Em declarações à Automotive News Europe, Martin Sander, gerente geral da Ford Europa, mencionou que a sobrevivência dos motores a combustão pode se estender até a década de 2030, caso a demanda justifique. Ele reconheceu que a procura por EVs tem sido mais branda do que previsto.
A Ford vem reestruturando sua linha de produção, encerrando a fabricação de modelos conhecidos como o Fusion/Mondeo, EcoSport, Fiesta e S-Max/Galaxy em diferentes fábricas na Europa ao longo dos últimos anos. O término da produção do Focus está previsto para o próximo ano em Saarlouis, Alemanha, com a empresa afirmando que a decisão é definitiva.
Para compensar as lacunas deixadas pela redução na oferta de veículos tradicionais, a Ford está apostando em modelos totalmente elétricos. O lançamento do SUV subcompacto elétrico Puma Gen-E está agendado para o final deste ano, montado na fábrica de Craiova, Romênia. Além disso, o novo Explorer elétrico produzido sobre na plataforma MEB da Volkswagen entrará em produção em Colônia, Alemanha, em junho.
No entanto, o lançamento do SUV elétrico foi adiado devido à adoção de um novo padrão europeu para veículos elétricos (UN Regulation 100.3/ ECE-R 100.3). Prevê-se também o lançamento de um segundo modelo elétrico, possivelmente baseado na plataforma do Volkswagen ID.4, com especulações sobre a ressurreição do apelido “Capri”.
Enquanto a Ford ajusta sua estratégia, seus concorrentes como o Grupo Volkswagen e a Stellantis mantêm uma ampla gama de modelos com motores a combustão, desde superminis até SUVs sofisticados. A decisão da Ford de apostar pesadamente em veículos elétricos é vista agora como um risco significativo, especialmente diante da desaceleração na demanda por EVs e da persistente preferência por carros tradicionais movidos a gasolina.