A Stellantis revelou detalhes de seu investimento recorde de R$ 32 bilhões no Brasil, destacando a destinação dos recursos para seus complexos industriais. Desse montante, R$ 13 bilhões serão alocados para a fábrica em Goiana, Pernambuco, e outros R$ 14 bilhões serão investidos no complexo de Betim, Minas Gerais, marcando o maior investimento já feito na unidade mineira. Os primeiros híbridos serão lançados ainda este ano.
Veja ofertas de carros usados na Karvi!Este novo ciclo de aportes, programado para ocorrer entre 2025 e 2030, visa iniciar a produção de motores híbridos-flex e novas arquiteturas, com a ambiciosa meta de lançar 40 novos veículos até o final da década. Atualmente, a Stellantis está finalizando o ciclo de investimentos anterior, aplicando os R$ 454 milhões restantes para expandir a capacidade de produção de motores em Betim.
A unidade, que já fabrica os propulsores da linha Firefly e a versão turbo GSE, verá sua capacidade ampliada de 750 mil para 1,1 milhão de motores por ano.
Parte do ferramental necessário foi recentemente importado da Europa, com a Stellantis recebendo um crédito financeiro do governo brasileiro pelo investimento em inovação e descarbonização. Entre os planos futuros está a produção do motor híbrido-flex denominado Bio-Hybrid. A Stellantis delineou anteriormente quatro tipos de tecnologia que serão exploradas: micro-híbrido, híbrido convencional, híbrido plug-in e elétrico.
No entanto, a empresa ainda não especificou qual tecnologia será a primeira a ser fabricada no país ou qual carro estreará essa inovação, apenas confirmando que o lançamento ocorrerá ainda em 2024. Apesar de inicialmente anunciar que o primeiro híbrido seria produzido em Goiana, a empresa agora sugere que isso poderia acontecer em outra unidade.
Após o lançamento do Bio-Hybrid, a Stellantis focará no desenvolvimento de novos modelos. Estão previstos 40 veículos, indicando uma renovação completa da linha. O investimento também contempla a adoção de novas plataformas, oito motorizações e tecnologias inovadoras. Há expectativa de que a plataforma STLA seja nacionalizada, facilitando a adoção de motorizações eletrificadas, o que representa um desafio para algumas plataformas atuais, como a MP1 dos modelos Argo e Cronos e a MLA dos modelos Pulse e Fastback.
Sobre quais modelos serão híbridos, a Stellantis mantém segredo, afirmando que oferecerá a tecnologia “onde houver mais demanda”. O custo de produção é uma preocupação central, como explica Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para América do Sul: “Novas tecnologias aumentam o custo do produto. Se queremos ser acessíveis, se queremos que nossos carros possam ser comprados pela maior parte dos nossos clientes, precisamos ser eficientes no custo”.
Além dos lançamentos previstos a partir de 2025, a Stellantis ainda tem sete lançamentos programados para 2024. Entre eles, já são conhecidos o Citroën Basalt, que será produzido em Porto Real (RJ), e a nova geração do Peugeot 2008, fabricada em El Palomar, Argentina.