A Chevrolet encerrou oficialmente as vendas do Cruze no Brasil, marcando o fim de uma era para o sedã médio que, durante anos, competiu em um segmento que vem perdendo espaço para os SUVs. A montadora já havia anunciado em junho do ano passado que a produção do modelo seria descontinuada, e no final de 2023, a última unidade do Cruze deixou a linha de montagem na fábrica de Santa Fe, na Argentina, o último local no mundo onde o modelo ainda era fabricado.
Veja ofertas de carros usados na Karvi!Mesmo após o término da produção, o Cruze continuou a ser oferecido no site da Chevrolet, aproveitando as últimas unidades em estoque. Porém, agora o sedã e sua versão hatch, o Cruze Sport6, foram definitivamente retirados do catálogo da marca. Os números de vendas refletem a diminuição do interesse por esse tipo de veículo: ao longo de 2024, apenas 745 unidades do sedã foram emplacadas no Brasil até julho, enquanto o hatch contabilizou apenas 177 emplacamentos no mesmo período.
A decisão de encerrar a produção do Cruze está alinhada com a mudança de foco da Chevrolet, que planeja utilizar a capacidade produtiva da fábrica argentina para aumentar a fabricação do SUV Tracker, cuja produção no país vizinho começou em meados de 2022. A empresa não mencionou planos para lançar um novo modelo que substitua o Cruze na América Latina, o que reflete a tendência global de queda nas vendas de sedãs médios.
Em outros mercados, como na China e no México, o Cruze foi substituído por modelos como o novo Monza, conhecido também como Cavalier, que é ligeiramente menor e vem equipado com um motor 1.3 turbo. No entanto, a possibilidade de produção desse modelo na Argentina parece remota, dado o cenário desfavorável para sedãs médios na região.
Com a saída do Cruze, o mercado brasileiro de sedãs médios se restringe cada vez mais. Toyota Corolla e Nissan Sentra são os únicos que ainda conseguem manter volumes de vendas expressivos. Outros modelos, como o Caoa Chery Arrizo 6, perderam espaço, enquanto Honda Civic e Volkswagen Jetta passaram a focar em um público mais específico e de maior poder aquisitivo.