O veículo híbrido é uma opção viável para quem quer melhorar a sustentabilidade, mas ainda não pode comprar veículos elétricos. Isso ocorre porque eles têm dois motores: um funciona com combustível normal e o outro usa eletricidade.
O futuro do carro parece ser cada vez mais elétrico, podendo abandonar o velho motor de combustão interna, poluente, ineficiente e com uma história de mais de cem anos. Desde a década de 1990, os veículos elétricos estão no mercado, o que trouxe a tão necessária independência entre o transporte e o petróleo. Nesse sentido, os veículos híbridos apresentam-se como uma escolha interessante, pois não dependem inteiramente da infraestrutura elétrica de carregamento, mas conseguem melhorar muito o consumo e emissões dos motores a combustão.
Um veículo híbrido é um veículo com um motor de combustão interna (geralmente a gasolina) e um motor elétrico. O motor elétrico pode fazer o motor de combustão interna funcionar em baixa rotação ou às vezes mantê-lo desligando, reduzindo assim o consumo de combustível e emissões de poluentes.
Embora a poluição de um veículo híbrido seja menor do que a de um veículo que usa apenas um motor de combustão interna, seu custo é mais alto em relação a um carro convencional. Atualmente, apenas carros caros possuem essa tecnologia. No entanto, a previsão é que, com o passar do tempo, a tecnologia fique cada vez mais barata e acessível.
Veículo hibrido e o Mercado Brasileiro
O primeiro modelo híbrido vendido oficialmente no Brasil chegou em 2010, mas era um modelo de luxo da Mercedes-Benz. Em seguida, modelos menos caros chegaram, como o Ford Fusion Hybrid e o Toyota Prius. Na época, o preço mais barato era de mais de R$ 120.000. Se os veículos híbridos se tornaram uma realidade viável em muitos países, eles ainda estão engatinhando no Brasil.
Em 2017, as vendas de veículos elétricos e híbridos triplicaram no Brasil, sobretudo por conta das vendas da quarta geração do Toyota Prius. Outro modelo muito bem aceito no mercado brasileiro foi o Toyota Corolla Híbrido, lançado no final de 2019, e que utiliza exatamente o mesmo sistema de propulsão do Prius, mas agora em um carro com volume de vendas bem maior e montado no Brasil.
Os tipos de carros híbridos são o híbrido-paralelo, híbrido-série e híbrido misto. Cada um precisa mais ou menos da bateria, o que altera seu funcionamento e também seu preço.
Híbrido-série
Nesse tipo de sistema, os motores funcionam em conexão sequencial ou em série, e a saída de um motor é alimentada na entrada do outro motor. Normalmente, o motor de combustão interna fornece energia ao motor elétrico, sendo que apenas o elétrico atua sobre as rodas, enquanto o primeiro é utilizado apenas para gerar energia para o motor elétrico. Também é possível que ambos estejam no mesmo eixo, mas isso torna o sistema mais caro porque requer controladores eletrônicos mais complexos.
Híbrido paralelo
Aqui, dois propulsores são usados para gerar a força necessária, mas apenas um deles funciona e o outro ajuda a melhorar seu desempenho. Tanto o motor elétrico quanto o motor de combustão interna geram tração para movimentar as rodas do carro. Portanto, diz-se que os dois trabalham em paralelo. Normalmente, ele é conectado eletricamente ao eixo dianteiro, e o eixo traseiro é movido por um motor de combustão interna.
Híbrido-misto/combinado
O sistema mais comumente utilizado nos modelos híbridos, pois utilizam dois motores que podem funcionar separadamente ou ao mesmo tempo, e ambos podem tracionar as rodas. As situações de funcionamento de cada motor são definidos automaticamente pelo carro, dependendo da situação da uso e da necessidade de potência de torque em cada momento.
Exemplos: Toyota Prius, Toyota Crolla, Lexus CT200h, Ford Fusion Hybrid.
Qual a diferença entre carros híbridos convencionais e modelos plug-in?
A principal diferença é que um veículo híbrido convencional carrega sua a bateria utilizada pelo motor elétrico, enquanto o motor de combustão interna está funcionando, ou então regenera energia em desacelerações e frenagens.
Já a bateria do veículo híbrido plug-in tem capacidade muito maior e deve ser carregada principalmente através de uma tomada elétrica. Depois de ser completamente carregado o veículo híbrido plug-in consegue rodar cerca de 50 quilômetros (dependendo do modelo) usando apenas o motor elétrico alimentado pela bateria.
No híbrido comum não é possível utilizar o modelo somente em modo elétrico por longos trechos, devido à baixa capacidade de carga da bateria. Portanto, ao contrário do plug-in, o híbrido convencional sempre dependerá do motor de combustão interna.
No Brasil já existem vários modelos híbridos plug-in, principalmente de marcas premium como BMW, Porsche, Volvo.
Vantagens de ter um veículo híbrido
Os veículos híbridos preenchem a lacuna no mercado entre os veículos tradicionais movidos a combustíveis fósseis ou renováveis e os veículos totalmente elétricos. A missão dos carros híbridos acaba sendo ajudar os fabricantes a aumentar a escala de produção de componentes elétricos até que sejam tão baratos quanto os motores de combustão interna.
Com essa abordagem, os veículos híbridos são um meio-termo ideal para aqueles que procuram maneiras de reduzir o consumo, mas ainda não estão totalmente convencidos infraestrutura de carregamento necessária para veículos elétricos puros.
Usar um motor elétrico como um dispositivo auxiliar para um motor de combustão otimiza tanto o desempenho quanto o consumo. Usando essa ferramenta auxiliar, o motor a gasolina não precisa ser muito grande, reduzindo o consumo e as emissões de dióxido de carbono.
Desvantagens de ter um veículo híbrido
Uma das principais desvantagens dos veículos híbridos ainda é o alto custo. É preciso considerar que a construção de veículos híbridos é mais complicada e consome mais recursos do que os veículos convencionais. Outra desvantagem é o fato dos modelos exigirem uma manutenção especializada, que no longo prazo pode custar muito mais caro que em um carro somente com motor à combustão.
Pensando apenas no benefício financeiro de um carro híbrido, é necessário percorrer centenas de milhares de quilômetros para que se economize a diferença preço em relação ao mesmo modelo, mas com motor a combustão interna. Em todo caso, a diferença diminui a cada dia. Isso mostra que os veículos híbridos têm tido uma redução dos preços devido ao aumento da escala de produção.