Que o universo automobilístico está passando por verdadeiras revoluções, ninguém nega. Mas algumas são consideravelmente polêmicas, como no caso dos carros voadores.
Tal como a questão dos automóveis 100% autônomos (que chegarão ao ponto de sair de fábrica sem volante e sem pedais), os carros voadores enfrentam não apenas dificuldades tecnológicas, mas também legais.
Alguns ainda insistem em dizer que eles são inviáveis, seja por conta do uso que seria bem desafiador no caso de longas distâncias, seja porque eles só aumentariam o problema de superlotação urbana, como na hora de estacioná-los.
Ao mesmo tempo, há empresas fazendo testes reais, como no começo deste ano de 2022, em que uma montadora europeia conseguiu fazer um voo de 35 minutos. O carro com asas teve aprovação e certificação legal para isso.
Então, para entender melhor como esse cenário está e quais são todos os fatores em jogo, basta seguir adiante na leitura. Boa viagem!
Como são os carros voadores?
Há várias linhas de desenvolvimento para realizar o sonho dos carros voadores. Uma delas é a do caso que citamos acima, em que a empresa europeia AirCar simplesmente acoplou uma turbina e duas asas em um automóvel “comum”.
Essa linha é voltada para carros particulares. Ou seja, veículos que qualquer pessoa física ou jurídica poderá comprar. Ainda não se sabe como serão as leis de tráfego (aéreo) nesse caso, mas geralmente esse cenário é o que vemos nos filmes de ficção científica.
Seguindo nessa linha de carros “comuns” com asas e afins, há alguns modelos em desenvolvimento, tais como:
- Terrafugia Transition;
- Liberty PAL-V;
- Klein Vision AirCar;
- Convair 118.
O último deles, o Convair 118, na verdade foi um teste feito já na década de 1950, em que o carro simplesmente foi anexado a um avião de pequeno porte. O que na verdade acabou em um acidente, por conta de… falta de combustível. Pois é, foi uma vergonha.
Na verdade, muitos dizem que todos esses modelos de veículos que seguem um design comum, e que apenas contam com uma propulsão diferenciada e com asas, estão fadados ao fracasso. Ou pelo menos estão muito longe de serem comercializados.
A começar pelo fato de que eles precisam de pistas de decolagem e de aterrissagem, tal como aviões de pequeno porte, o que inviabilizaria consideravelmente o uso rotineiro.
Sem falar que os mais baratos ultrapassam a casa de um milhão de reais, e que podem chegar a demorar mais de dois minutos para “guardar as asas”, antes de poderem circular pelo tráfego comum, no chão.
Os famosos “drones gigantes”
Na verdade, o futuro estaria no seguinte: não um misto de carro com avião, mas sim um misto de carro com helicópteros. Eles já existem, são os famosos eVTOLs.
Sigla para Electric Vertical Takeoff and Landing, estamos falando, como sugere o nome, de carros ou aeronaves elétricas capazes de fazer um deslocamento tanto horizontal quanto vertical. Exatamente como um helicóptero ao decolar.
Basicamente, são drones gigantes, porém focados na mobilidade urbana e não tanto no uso particular. O que resolve a questão legal do itinerário, pois eles serviriam como linhas de táxis aéreos ou de condução pública de outros tipos.
Os modelos mais promissores são os seguintes (já com previsão de data de estreia):
- Volocopter, alemã (Estreia: 2024);
- Vertical Aerospace, da Gol (Estreia: 2024);
- CityAirbus, da Vahana (Estreia: 2025);
- Lilium, da Lilium Jet (Estreia: 2025);
- Eve, da Embraer (Estreia: 2026).
Lembrando que Airbus, GM e Boeing são outras marcas que também estão na linha de frente do desenvolvimento de eVTOLs.
Tem carro voador no Brasil?
Como vimos acima, a Embraer tem previsão de estrear seu eVTOL em 2026. Ela destaca alguns dados importantes, como o fato de que será uma tecnologia de mobilidade urbana, portanto não se trata de viajar entre cidades ou estados, mas entre bairros.
Até mesmo a engenharia de voo já está definida. Eles vão ficar na camada aérea que se encontra entre o topo dos prédios mais altos (faixa de voo de drones e de helicópteros) e as camadas mais altas do próprio tráfego aéreo de aviões de grande porte.
Para nos deixar ainda mais empolgadas, a empresa promete que o custo do voo não será alto, e que a tendência é a popularização. Por exemplo, se formos comparar com outros serviços, estaria mais próximo do Uber Black do que do voo comercial de helicóptero.
Lembrando que esses drones gigantes estão projetados para um funcionamento elétrico, o que dispensa combustíveis poluentes. E também autônomos, o que dispensa a necessidade de pilotos, ajudando a baratear o serviço. Incrível, não é mesmo?!
Como referido acima, na verdade esses projetos se aproximam mais da aeronáutica do que da indústria automobilística.
Tanto que as empresas mais interessadas são as que hoje dominam os voos comerciais, como Bristow, Helipass e Ascent. Ou, no caso do Brasil, a Avantto, a Flapper e a Helisul.
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