Claro que não é possível generalizar, ou falar dos postos de gasolina enquanto classe, mas apenas de problemas pontuais. Dito isto, o fato é que tem se tornado cada vez mais comum ouvir reclamações de fraudes desse tipo contra o cliente.
A mais comum delas é a do famoso “combustível batizado”. Ou seja, o combustível adulterado, diluído em outros solventes bem mais baratos, que aumentam a lucratividade do posto de modo irregular, e comprometem o veículo do consumidor.
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Outro golpe comum é o da “bomba baixa”, em que o posto abastece com uma quantidade menor do que aquela que aparece no contador da bomba. Neste caso, a pessoa paga mais por menos, devido a uma adulteração na bomba.
Tudo isso tem se tornado tão habitual, que é comum ouvir dúvidas do tipo: Como saber se um posto de gasolina é confiável? Ou ainda: Como posso denunciar um posto de gasolina?
A boa notícia é que há várias dicas que você pode levar em conta na hora de abastecer o seu carro, evitando cair em fraudes e falcatruas que possam gerar prejuízo financeiro, ou comprometimento do seu veículo.
Para entender melhor, basta seguir adiante, onde você vai encontrar detalhes de outros golpes comuns, como evitá-los e, claro, os órgãos do governo que podem ajudá-lo na hora de fazer uma denúncia e solicitar uma fiscalização.
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Como não ser enganado nos postos de combustível?
Não existe um passo a passo mágico para isso, até porque as fraudes e tipos de golpes estão sempre se renovando. Mas há algumas medidas práticas e até intuitivas que podem evitar várias dores de cabeça.
A primeira delas é duvidar de preços muito abaixo do mercado. Uma promoção é uma coisa, mas se você vir um preço que ultrapasse a casa dos 20% a menos, desconfie.
Por exemplo, todos vendendo o litro da gasolina a R$ 5,00, e alguém que vende a menos de R$ 4,00. Outro ponto intuitivo é descer do carro e acompanhar o abastecimento.
Assim você presta atenção na bomba e no marcador de preço, sobretudo para ver se ele começou a contar, realmente, do zero.
Aqui vale outra dica: ficar de olho no bico da bomba e ver se está sendo abastecido o combustível certo. Por exemplo, você pode pedir a gasolina premium, que é mais cara que a aditivada, ou pedir esta, que é mais cara que a comum.
Como saber se um posto de gasolina é confiável?
É preciso reconhecer que esse assunto é delicado, não é mesmo? Certamente, você também não vai querer ser injusto ou agir sem provas.
Por isso, antes de tudo, em caso de dúvida é preciso lembrar-se de alguns pontos fundamentais. O primeiro deles é este: todo tanque de combustível pode ter uma diferença de 20% em relação ao seu tamanho nominal.
Ou seja, se o manual ou modelo do carro diz que cabem 100 litros, pode ser que caiba apenas 80 litros, ou então até 120 litros. Leve isso em conta antes de culpar o posto.
Nota fiscal e formas de pagamento
Outro modo de evitar dores de cabeça é perguntar, antes do abastecimento, se o posto emite nota fiscal original. Não aceite apenas comprovante de pagamento ou recibo, mas sim o documento fiscal.
No fundo, além de garantir seus direitos como consumidor, essa medida já mostra idoneidade por parte do posto. Inclusive, perguntar a forma de pagamento antes também faz sentido, pois alguns postos cobram mais caro para passar, por exemplo, no crédito.
Lembrando também que o frentista é só um funcionário e quase nunca tem a ver com o problema. Então, dependendo do tipo de desafio que tiver surgido, peça para falar com o gerente, dono ou responsável.
Como medir a quantidade de combustível?
Lembre-se também que todo consumidor tem o direito de solicitar a conferência do abastecimento. Por lei, o frentista é obrigado a utilizar o aferidor de 20 litros na sua frente.
Trata-se de um tanque paralelo, lacrado pelo INMETRO, que o posto tem de abastecer na frente do cliente, comprovando que a bomba entrega o que promete.
Como medir a qualidade do combustível?
Mas o aferidor só indica a quantidade, não a qualidade, correto? Sim, é verdade.
Se quiser ir além, você também tem o direito por lei de pedir a aferição da qualidade, por meio de uma simples proveta, que é um dispositivo parecido com um tubo de ensaio.
Ali o frentista faz uma combinação simples do combustível com outros produtos e comprova se foi detectada ou não alguma adulteração.
Como posso denunciar um posto de gasolina?
Do que dissemos acima, ficou claro que há diversos tipos de problemas que podem surgir caso você desconfie de determinado posto de gasolina.
Muitos pensam que apenas a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) cuida de denúncias nessa área, mas não é bem assim.
Basicamente, você pode ter três tipos principais de problemas, que são:
- A quantidade abastecida;
- A qualidade abastecida;
- Problema de propaganda.
Cada uma dessas frentes fica a cargo de um órgão ou instituição diferente.
Se tiver problemas com a quantidade, quem cuida disso é o IPEM (Instituto de Pesos e Medidas). Ele costuma atuar por divisão de Estados, sendo um para cada unidade federativa.
Caso não encontre o órgão da sua região, é possível que a região esteja sob controle do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Se preferir ligar, é gratuito também: 0800 285 1818, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
A ANP, na verdade, fiscaliza a questão da qualidade do combustível. Para ligações gratuitas, os dados são estes: 0800 970 0267, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h.
Já a questão de problemas de propagandas, como propaganda enganosa ou cobrança indevida, ficam a cargo do Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor).
Cada estado tem o seu Procon, mas se tiver dificuldades, entre em contato direto com o Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor), que tem uma abrangência federal e pode ajudar qualquer consumidor.