Que o Brasil tem uma das gasolinas mais caras do mundo não é novidade para ninguém.
Alguns vão lembrar que no começo de abril deste ano ela bateu incríveis R$ 7,219. No meio disso tudo, veio uma mudança um tanto secundária, mas interessante.
Agora os postos de gasolina vão ter que informar os valores com duas casas decimais apenas. Isso veio abolir o costume de colocar três casas decimais, como fizemos acima. Agora, o preço de abril teria de ser grafado assim: R$ 7,21.
A regra vale para gasolina, etanol (álcool), diesel e GNV (Gás Natural Veicular), e entra em vigor no sábado, dia 7 de maio. Mas alguns postos do País todo já se adiantaram e adotaram a medida.
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Quem tomou a decisão?
Quem regula esse tipo de decisão é a própria ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Neste caso, a Resolução nº 858/2021 busca um alinhamento com a expressão numérica comum da moeda nacional, que é de duas casas decimais.
Além disso, os representantes do órgão responsável argumentam que isso também deverá deixar os números mais claros para o consumidor.
Mesmo que o risco seja de o estabelecimento acabar sempre arredondando para cima (o que já acontecia na hora de cobrar).
Os modelos de bomba que têm visor com três casas decimais não vão precisar trocar nada, apenas muda a configuração do equipamento.
A terceira casa decimal deverá ficar inutilizada, ou seja, cravada no número zero, sem mudar na hora da contagem de abastecimento.
Com isso, ao menos os postos de gasolina e comerciantes da área não precisarão fazer nenhum tipo de investimento, como seria o caso se fosse preciso trocar os módulos da bomba.
Seja como for, o fato é que não basta alterar apenas os painéis e banners do estabelecimento, pois os próprios visores das bombas devem seguir a mesma regra.
Por que a mudança?
Curiosamente, ia fazer quase dez anos que o Brasil inteiro aplicava a precificação anterior, com a regra de três casas decimais, por decisão que também havia sido tomada pela ANP, quase uma década atrás. O motivo era justamente a questão do comércio “arredondar para cima”.
No fundo, os postos de gasolina compram e pagam o combustível por metro cúbico, ao passo em que revendem por litro. No entanto, como já referido, o consenso a que a ANP chegou é o de que comercialmente isso não mudou nada, ao menos no caso da maioria dos postos.
Além disso, havia outra razão para as três casas decimais: a de que os postos poderiam negociar melhor o frete do combustível, pois esse serviço era feito com base no valor do litro. No entanto, com o tempo isso também não trouxe vantagens ao consumidor.
O que esperar depois disso?
De qualquer modo, a decisão de agora também não deve mudar nada em termos financeiros ou comerciais, uma vez que a decisão da ANP não exige nenhuma alteração estrutural ou investimentos por parte dos postos revendedores de combustível.
Além disso, nossa moeda atual não permite devolução de troco em milésimos de reais. O que realmente acabava tornando a numeração com três casas algo um tanto quanto estranho e deslocado, fora da realidade do brasileiro.
Por fim, se alguns ainda têm medo do famoso “arredondar para cima”, vale lembrar que para efeitos de marketing os postos que vão sair na frente são aqueles que arredondarem para baixo, não é mesmo? Sobretudo agora, em que o Brasil vive uma verdadeira crise com os valores dos combustíveis.