Já não é segredo para ninguém que estamos vivendo a era dos combustíveis alternativos. Mas agora foi a vez de testar a eficiência de um carro que funciona à base de biomassa.
Trata-se de um Renault Zoe adaptado pela ARM Engineering, para funcionar com alternativas que vão de resíduos vegetais até esterco. Além disso, o carro ainda bateu recorde de autonomia, ao rodar 2.000 km seguidos.
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No fundo, o Renault Zoe adaptado ainda é um veículo elétrico. Ou seja, ele passa por um processo interno igual ao dos carros que são movidos a hidrogênio líquido, elemento que se converte em eletricidade como parte desse mesmo processo.
Só que aqui a conversão se dá com base em biomassa. Aí é que entra esse biocombustível à base de resíduos orgânicos, como adubos e plantas mortas, que no processo é convertido em CO² e hidrogênio.
O que garante isso é um sistema de célula de combustível, responsável por fazer a conversão do combustível aplicado em energia elétrica.
Além dos carros a hidrogênio que já contam com essa tecnologia, também há estudos de viabilização de células capazes de converter o etanol (álcool) em força elétrica.
Ou seja, estamos falando de um campo de estudo que tem crescido como uma tendência. Em todos esses casos, o abastecimento de combustível funciona da exata forma como se abastece o tanque de um carro comum, ainda movido a combustão.
Assim, mesmo se tratando de um veículo elétrico, a ideia é que esse tipo de adaptação dispense a necessidade de fazer o carregamento por meio das tomadas (10A) ou dos postos elétricos de 22kW.
O recorde de 2.000 km
Na verdade, foram 2.055,68 km, durante 16 horas de corrida. A simulação foi feita no circuito de Albi, sul da França, com uma carga (elétrica) completa somada de 200 litros do mix de biocombustível.
Vale lembrar que a autonomia do Zoe original é de apenas 385 km. E que o antigo recorde de autonomia era do Toyota Mirai, que havia marcado 1.360 km, no ano de 2021.