Com os preços dos carros em disparada, está difícil conseguir levar para casa até mesmo um hatch compacto zero quilômetro por menos de R$ 100 mil.
Mas com alguma paciência e um pouco de conhecimento, é possível encontrar boas opções no mercado de usado por bem menos. Até mesmo bons SUVs, como os desta lista que separamos abaixo.
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São modelos com alguns anos de uso, mas com qualidades para ainda servir à família por um bom tempo. A faixa de preço permite incluir dois modelos bem conhecidos dos brasileiros, em anos/modelos mais recentes.
Toyota RAV4
Por cerca de R$ 78 mil, é possível encontrar unidades de 2013 do RAV4 no mercado de usados. O SUV da Toyota tem parentesco com o Corolla e nesta geração já havia perdido o estepe pendurado na porta traseira. Assim, o RAV4 assumiu de vez o jeitão mais civilizado, bom para a cidade.
O motor é um pacato 2.0 de 145 cv acoplado a um câmbio CVT que simula sete marchas. O conjunto é valente, robusto e tem funcionamento suave.
Apesar dos cerca de 1.500 kg do SUV, dá conta do recado e o RAV4 é bom também na estrada.
Espaçoso, é muito prático para a família, graças ao porta-malas de 476 litros. Também é seguro, com múltiplos airbags, controles de estabilidade e tração.
Honda CR-V
Rival direto do RAV4 acima, o CR-V tem qualidades semelhantes ao Toyota. O Honda é gostoso de guiar, espaçoso e seguro para a família, além de conseguir ser razoavelmente econômico com um valente 2.0 sob o capô.
A vantagem do CR-V está na variedade de versões possíveis dentro do orçamento de R$ 80 mil. Enquanto o RAV4 veio apenas em uma versão, mais simples, o Honda pode ser encontrado em variantes com tração 4×4 e com mais equipamentos.
As versões EXL têm teto solar e central múltimídia, câmera de ré e bancos de couro, por exemplo.
O 2.0 é o mesmo do Civic da época, com 155 cv, mas bebe apenas gasolina. O câmbio é automático de cinco marchas. Além das versões mais equipadas, o porta-malas do CR-V também é bem maior, com 589 litros.
Renault Duster
Se os SUVs japoneses parecem caros ou grandes demais para sua garagem, um Renault Duster com três anos de uso pode soar mais razoável. É possível encontrar unidades de praticamente todas as versões nessa faixa de preço.
Uma das melhores pedidas são os Duster com motor 1.6 e câmbio automático CVT. Elas combinam alguma economia de combustível com o conforto da transmissão automática.
Os 2.0 com câmbio manual são espertos, mas prepare o bolso na hora de abastecer. O mesmo serve para os 2.0 automáticos, que bebem ainda mais e andam menos.
O Duster é bastante espaçoso e prático para quem precisa de um carro útil, sem firulas. Todas as versões têm ar-condicionado, direção assistida, vidros, travas e retrovisores elétricos e central multimídia de série.
Não espere mimos como faróis ou limpadores automáticos. No máximo um controle de velocidade de cruzeiro.
Ford EcoSport
Se o EcoSport parece velho ao primeiro olhar, saiba que estas se tratam das melhores safras já feitas do pioneiro dos SUVs compactos no Brasil. Os últimos EcoSport ganharam motores novos, mais modernos, e muitos equipamentos de série, que valem uma boa olhada antes de comprar um SUV.
Por cerca de R$ 79 mil, a pedida são os EcoSport SE 1.5 AT 2020. Não se incomode com o jeitão de carro de entrada, pois a versão é razoavelmente bem equipada.
Há ar-condicionado automático, airbags laterais e de cortina, central multimidia e controles de estabilidade e tração. O motor 1.5 de três cilindros tem 138 cv e leva o Eco com desenvoltura.
O câmbio não é mais o fatídico Powershift, tendo a Ford substituído o sistema por um automático convencional. A transmissão é suave e precisa, sem trancos nem os problemas de durabilidade do antigo dupla embreagem.
Volkswagen Tiguan
O Tiguan 2014 é um SUV que reúne algumas qualidades especiais. Ele é, de longe, o mais potente desta lista, com um apetitoso 2.0 turbo de 200 cv sob o capô. É o mesmo que equipou até Golf GTI. Bem como o único 4×4 do time.
Também tem um excelente acabamento interno e uma aura de requinte que só os Volkswagen importados trazem. Há fartura de unidades no mercado de usados e muitas configurações possíveis, com ampla disponibilidade de itens de série.
Os Tiguan podem ter teto solar, bancos de couro bege, marrom e mais uma infinidade de particularidades.
Mas sempre há um porém a tanta fartura. O Tiguan pode cobrar caro na manutenção. Por isso, se ele for seu escolhido, olho vivo no estado geral do motor, principalmente no estado do turbo.
Preste atenção em como o câmbio DSG se comporta. Se possível leve a um mecânico especializado nesses componentes e peça uma análise.
Mesmo para quem está comprando um carro nessa faixa de preço, um reparo num câmbio DSG ou num sistema de turbo pode ser inviável, chegando às dezenas de milhares de reais. Se o carro estiver em ordem, o Tiguan é garantia de diversão e praticidade.