A maioria de nós já ouviu falar do Acordo de Paris. Mas quando o assunto é mudança climática, é mais comum pensarmos apenas no impacto causado pelas indústrias. No entanto, como ele afetará o universo automotivo nas próximas décadas?
Essa resposta é bastante importante para o cenário das indústrias automotivas. Bem como para todos os interessados por esse segmento. Ou mesmo para qualquer pessoa que tenha um carro ou queira ter um carro. Entenda melhor abaixo!
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Acordo de Paris: o setor automotivo
Vale lembrar que o Acordo de Paris remete a um tratado ocorrido no contexto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC). Seu foco é, como um todo, propor medidas e metas de redução na emissão de gases poluentes.
Ou melhor, de gases que causam propriamente o efeito estufa de que tanto se ouve falar. No caso, em vez de simplesmente “falar”, a ideia é precisamente arregaçar as mangas e fazer algo. Pensando tanto no tempo presente, quanto nas próximas gerações.
O nome do acordo é esse pois ele foi negociado na cidade de Paris. Isso aconteceu em 2015, no famoso COP21. As medidas deveriam começar a ser implementadas em 2020. O foco específico é conter o aquecimento global em 2 ºC ou menos.
Preferencialmente, a meta é o ponto de 1,5 ºC. Mas é aí que entra a proposta em seu sentido macro, que projeta expectativas realistas. Isto é, para retorno até o fim do século, ou seja, até o ano de 2099, tecnicamente.
No âmbito do setor automobilístico, que é o recorte que fazemos aqui, isso tem diversas consequências. A mais evidente é, naturalmente, no tocante ao tipo de combustível. Ou seja, com que os veículos operam ou vão operar daqui para frente.
Além disso, o impacto não se dá apenas no transporte público, mais ligado aos governos locais. Mas também aos veículos particulares, o que fica claro com o avanço da eletrificação e da hibridização dos últimos anos.
Acordo de Paris: países e projeções
Todos sabemos que o Brasil tem um mercado amplo em termos de geração de energia elétrica. Contudo, ainda tem muito chão quando o assunto é o universo elétrico automotivo. Existem até projetos para baratear o processo, dos quais já falamos.
Outros países de primeiro mundo já saíram na frente, obviamente. Alguns foram audaciosos até, prometendo superar em 10% a frota de veículos elétricos dos demais países. Ou seja, qualquer que for o número, eles vão superar na casa dos 10%. São eles:
- Áustria;
- Dinamarca;
- França;
- Holanda;
- Portugal;
- Reino Unido.
Outros prometeram algo entre 5 e 10%. É o caso do Japão, da China, da Alemanha, da Irlanda. E de alguns estados dos EUA, entre eles:
- Califórnia;
- Connecticut;
- Maryland;
- Massachusetts;
- Nova York;
- Oregon;
- Rhode Island;
- Vermont.
Mas também é preciso falar de um trio que sempre foi modelo global. Tanto que eles prometeram descarbonização completa até 2050. É isso mesmo, 0% de emissão.
Trata-se do caso da Dinamarca, da Noruega e da Suécia. A Finlândia, um pouco mais “modesta”, prometeu 80% dentro do mesmo arco de tempo.
Deste modo, a própria Declaração de Paris projeta que até 2050 o mundo todo já deverá ter evoluído muito. No caso, já deverão ser algo em torno de 100 milhões de carros elétricos ao todo. Isto é, em termos de frota global mesmo.