Comprar um carro pode ser um desafio, ainda mais no caso dos seminovos. Daí o tema da adulteração de quilometragem, ou fraude no hodômetro. Você está em dúvida? Veja como identificar, como se prevenir e como não fazer uma compra que só iria gerar dor de cabeça!
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Por falar em compra de carro, aqui no blog também já explicamos os 5 golpes mais perigosos nessa hora. E falamos sobre como funciona o financiamento de carros. E até o que fazer quando chegar a hora de trocar o carro. Confira!
Adulteração de quilometragem: o que é e qual a pena
Engana-se quem pensa que o problema está sob o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) apenas. A adulteração de quilometragem, também chamada fraude no hodômetro, é um daqueles casos em que a infração é também um crime civil. No caso, federal, enquadrado no artigo 171 do Código Penal.
Ou seja, o lojista ou o antigo proprietário que faz adulteração de quilometragem paga por crime de estelionato. A pena é de reclusão e pode variar entre 1 e 5 anos, além de multa. Na prática, o que esses criminosos fazem é recorrer a equipamentos e outros artifícios.
A finalidade é maquiar ou reduzir a quantidade de quilômetros que aquele carro teria rodado. Obviamente, no mercado de usados e seminovos, quanto menos um carro tiver rodado, melhor e mais caro ele será. Quanto mais rodou, menos vale.
Esse também é o motivo de sua importância. Afinal, a quilometragem original do veículo serve como um “histórico natural” de suas condições. Isso vale para o motor, e também para outras peças, conjuntos e sistemas que não tenham sido trocados, como suspensão, freios, caixa de transmissão e afins.
Adulteração de quilometragem: como identificar
Primeiramente, é preciso entender que a verificação da adulteração de quilometragem não é uma ciência exata. Contudo, isso também não quer dizer que seja algo muito difícil de ser feito. Na prática, são várias pequenas dicas, que quando somadas apontam para uma probabilidade praticamente indiscutível.
O primeiro grande passo é verificar o desgaste geral do veículo. Se precisar de ajuda de um mecânico ou de uma oficina especializada nisso, não hesite em pedir. Geralmente, ao passar dos 50 mil quilômetros um carro já começa a deixar várias marcas visíveis. Isso vai desde os bancos e o volante, até os pedais e a própria lataria.
A vantagem de contar com um profissional de confiança aqui é que vocês já podem fazer também um test drive. Além de verificar a estabilidade do veículo, barulhos e afins, você pode ativar o GPS do celular. Essa é uma dica de ouro: os velocímetros adulterados costumam computar errado as distâncias. Então, após uma volta isso ficaria claro!
A troca de óleo também pode entrar nessa dica. Verifique as etiquetas de troca de óleo no para-brisa, faça a soma e compare com o valor mostrado no velocímetro. Se as etiquetas nem estiverem presentes, bem, você precisa pedir satisfação sobre isso, não?!
O manual vai no mesmo sentido. É comum concessionárias e oficinas registrarem ali as revisões feitas, o que ajuda a bater os dados com o velocímetro. Novamente, se o carro não tem manual, ou o devido preenchimento, fique ainda mais de olho!
O ano de fabricação também é uma boa régua. Geralmente, os carros rodam entre 10 mil e 20 mil por ano. Então, um carro que tenha 5 anos e rodou muito mais de 100 mil quilômetros, pode ter rodado demais. Porém, muito abaixo de 50 mil seria algo improvável, não?! Então, fique de olho nisso também.
Por fim, vale notar que a adulteração de quilometragem é algo que quase sempre deixa marcas visíveis. Então, acenda uma lanterna sobre o painel de instrumentos e procure qualquer detalhe. Rachaduras, arranhões e similares podem ser outro sinal de fraude no hodômetro.