Anfavea defende impostos mais altos para elétricos importados

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, manifestou-se publicamente em defesa da antecipação do retorno das alíquotas de imposto de importação para veículos eletrificados e importados. Atualmente, essas alíquotas estão previstas para voltar de forma gradual até 2026. Segundo Lima Leite, a Anfavea já está em negociações com o governo para acelerar esse processo.

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Até janeiro de 2024, veículos eletrificados estavam isentos de impostos de importação, mas com a entrada em vigor da tabela de retorno progressivo das tarifas, a situação mudou. Essa tabela foi fruto de anos de intensas negociações e disputas entre o Governo Federal, a Anfavea, a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Lima Leite argumenta que a atual tabela de retorno gradual não é suficiente para conter o aumento da importação de veículos elétricos e híbridos, especialmente da China. Com essa posição, o presidente da Anfavea alinha-se às polêmicas políticas protecionistas recentemente adotadas na Europa e nos Estados Unidos.

A declaração de Lima Leite gerou reações negativas em outros setores. A própria ABVE posicionou-se contra a antecipação do retorno dos impostos, afirmando que essa ação desconsidera os meses de negociações que resultaram na tabela gradual vigente.

A Abeifa também se manifestou contrária à proposta da Anfavea. Em comunicado público, a entidade defendeu a manutenção do cronograma atual de retorno das alíquotas de importação para veículos elétricos e híbridos, destacando a importância de preservar os acordos estabelecidos após longas negociações.