Se tem uma história interessante e que precisa ser lembrada é a da indústria automotiva no Brasil. Não é difícil olhar em volta e ver que hoje temos uma situação de enorme prosperidade, com diversas marcas e modelos, mas nem sempre foi assim.
Lembrando que durante quase meio século nós nos limitamos a apenas montar carros com peças estrangeiras. Só depois dos idos de 1950 é que nossa indústria começou a amadurecer e garantir peças nacionais, ou uma cadeia produtiva 100% brasileira.
Para entender melhor os principais capítulos dessa história, bem como os percalços e as conquistas que fazem parte dela, basta continuar por aqui até o fim da leitura. Boa viagem!
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A pré-história do automóvel no Brasil
O primeiro veículo a desembarcar em nosso país foi um Peugeot. Mas esqueça as carrocerias atuais, os vidros e os estofados, e até mesmo as rodas e pneus que nós vemos circulando hoje em dia.
A máquina era de 1898, e se tratava de algo como uma carroça de cavalo, mas sem o cavalo, e também sem qualquer cobertura contra o sol ou a chuva.
No estado de São Paulo ocorreu o primeiro emplacamento, em 1903, em nome de ninguém menos que Francisco Matarazzo (um banqueiro que até hoje tem seu nome celebrado em avenidas e escolas paulistas). Em 1917 o estado já contava com mais de 2,5 mil carros.
A primeira marca a pisar por essas bandas foi a Ford, em 1919, quando sua matriz norte-americana decidiu abrir uma filial no Brasil.
Em 1925 viria a General Motors e, no mesmo ano, começariam as primeiras edições do que hoje é o Salão do Automóvel. O Autódromo de Interlagos abre as portas pela primeira vez já em 1940.
Em 1950 a Alfa Romeo começa a atuar por aqui. Em 1953 é fundada a Volkswagen do Brasil, já com a montagem do Fusca e da Kombi. A Mercedes-Benz do Brasil vem no mesmo ano.
Pouco tempo depois, em 1958, vem a fundação da Toyota do Brasil. Um ano depois, em 1959, é a vez da Karmann-Ghia do Brasil. Mas aqui já não estamos mais na pré-história, é claro.
Três décadas que mudaram tudo
No fim dos anos de 1950, 1960 e 1970 é indiscutível como o gosto do brasileiro por veículos foi se tornando cada vez mais refinado e mais exigente.
Empresas com propostas mais nichadas e de produção em escala menor surgem, como a Puma e a Gurgel, angariando vários fãs que preferiam algo quase customizado. Enquanto isso, quatro gigantes já haviam se estabelecido e dominado o cenário nacional inteiro:
- Volkswagen;
- Ford;
- General Motors;
- Fiat.
Também houve presidentes e planos de governo especialmente voltados para o estímulo da indústria automotiva nacional, como Juscelino Kubitscheck, que desde 1950 já prometia carros efetivamente nacionais.
Até a revista Quatro Rodas surgiu nesse ínterim (1960), ajudando a disseminar a cultura automotiva. Quatro anos depois, em 1964, viria a Autoesporte, com a mesma missão.
No fim da mesma década, em 1969, o Brasil já estava exportando as primeiras levas de carros 100% nacionais. Foram os Opalas Chevrolet, para nossos vizinhos do Chile. Dez anos depois, em 1979, saía o Fiat 147, fazendo história por ser o primeiro carro a álcool do Brasil.
Vale lembrar que essas três décadas também fazem parte dos períodos em que saíram alguns clássicos que até hoje são uma paixão nacional, tais como:
- Ford Corcel (1968);
- Passat LS Village (1970);
- Opala SS 4.1 (1971);
- Ford Maverick GT V8 (1973);
- Puma GTE (1973).
De fato, o Ford Maverick Super Luxo também foi uma das propagandas que mais circularam na época.
Sem falar em alguns Fuscas que saíram também nesses anos, fazendo história e conquistando uma legião de fãs. E, falando em Volkswagen, teve também a clássica Kombi Corujinha, que foi vendida de 1950 até 1975.
Da Ditadura Militar aos anos 2000
Depois de alguns anos de prosperidade nos idos de 1960 e começo de 1970, surgiu um clima desfavorável para a indústria automotiva nacional.
O problema ia desde a competitividade de empresas asiáticas até uma recessão econômica e financeira generalizadas. Somente em fins de 1990, com o amadurecimento da redemocratização e do Plano Real, é que o cenário mudaria.
Nos anos 2000 nós verificamos um verdadeiro boom. Ainda havia crises aqui e ali, como a da Rússia ou a da Argentina, mas nós surfamos uma curva positiva do Mercosul. Montadoras como Audi, Nissan, BMW, Volvo e tantas outras se fortaleceram e encheram as ruas do nosso país.
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O que esperar para o futuro?
No ano de 2013 nós atingimos um pico de produção automotiva nacional: quase 4 milhões de unidades produzidas em um único ano. Pouco depois, em 2018, batíamos outro recorde, atingindo um crescimento acumulado de 11%, algo nunca visto até ali.
A partir de 2021 houve a recessão mundial por conta da pandemia, mas nem todos deixaram de crescer por conta disso. De modo geral fala-se que vai ser preciso esperar dois ou três anos até a situação normalizar, mas também há correntes paralelas de crescimento.
Por exemplo, a dos carros elétricos, a dos veículos autônomos e até alguns que prometem voar, isso como algo plausível para os próximos anos. De fato, são dezenas de startups e empresas de TI que têm se voltado para esse universo incrível, atuando no Brasil de modo cada vez mais firme.
Considerações finais
Falar da história da indústria automotiva no Brasil, bem como dos carros e marcas em geral, é um verdadeiro prazer para nós.
Mas é também um dever, pois temos a obrigação de nos lembrarmos disso tudo. Então, diz aí, no campo de comentários, o que você achou desse mini tour encantador! E compartilhe essa matéria com amigos, para eles também curtirem um pouco desse saudosismo.
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