Muita gente ainda se esquece de fazer revisões básicas no carro. Especialmente quando se trata de algo que precisa ser verificado com grande frequência. Como é o caso da calibragem dos pneus, inclusive do estepe.
Alguns acham que poucas libras não vão mudar nada, mas mudam, sim. As implicações vão desde segurança e dirigibilidade, até desperdício ou economia de combustível. Abaixo, confira todos os impactos da calibragem e como fazer corretamente!
Em que a calibragem impacta?
Engana-se muito quem pensa que a calibragem é só um detalhe. Para começar, os pneus precisam estar com a pressão exata, pois isso impacta no elo entre o carro e o chão. Ou seja, mexe com a dirigibilidade do motorista e com o desgaste da borracha.
Assim, os impactos atingem a transmissão, o sistema de suspensão, a tração e, claro, a frenagem. Isso quer dizer que o carro pode perder aderência e forçar mais o motor. O pneu pode deteriorar internamente e até desencaixar da roda (detalonamento).
Lembrando que falar em aderência e motor é o mesmo que falar em consumo de combustível. De fato, estima-se que cada libra abaixo corresponda a 0,3% de aumento no consumo, a cada quilometro rodado. O que por sua vez aumenta a emissão de gases poluentes.
Daí que seja preciso falar na calibragem precisa. Se ela for excessiva, isso pode danificar toda a câmara do pneu. Se estiver abaixo, ele roda murcho e traz os prejuízos referidos acima, inclusive com risco de superaquecer e estourar.
Leia mais: Rodízio de pneus: é verdade ou mito que ele funciona?
Quando e como calibrar, afinal?
Manter a correta calibragem dos pneus é um processo que exige disciplina. O ideal é fazer uma verificação semanal, caso você rode mais na cidade. E a cada três dias caso rode mais e tenha o costume de viajar. A perda é de cerca de uma libra por mês.
Também é fundamental seguir a numeração indicada pela montadora. Ela pode estar no manual do carro ou na parte interna da tampa de abastecimento. Bem como em outros pontos da carroceria.
Uma dica de ouro é verificar a calibragem com os pneus frios. Ou seja, antes de rodar 2 km, como logo pela manhã, em um posto perto de sua casa. Caso isso seja impossível, então sempre adicione 5 PSI acima da numeração de fábrica.
A mesma regra de adição vale para o estepe, que neste caso sempre deverá estar 5 PSI acima, em qualquer situação. Considere que a pressão exata pode variar conforme o uso que você faz, como as diferenças de peso que o carro vai carregar, ou os tipos de via.
Leia mais: Amaciar pneus: do que exatamente se trata?