Hoje é comum vermos esse tipo de transporte de valores pelas ruas, mas eles precisaram ser inventados em algum momento, não é mesmo? Essa curiosidade é tão interessante que decidimos explicá-la melhor. Logo abaixo, entenda melhor o carro forte: como ele surgiu no universo automotivo?
Por aqui, também já falamos sobre outras curiosidades. Por exemplo, afinal, por que motivo quem dirige mal é chamado de “barbeiro”? Falamos sobre 5 curiosidades, que poucos conhecem, a respeito da eletrificação. E até sobre a origem do porta-luvas: veja qual é e por que ele permanece tão popular. Não perca!
Carro-forte bancário: surgimento e atualidade
Pouca gente imagina, mas os veículos especiais de transporte de valores são bem mais antigos do que pode parecer. Na verdade, eles são do século XIX, tendo surgido em nada menos do que 1859. Ou seja, ainda na época dos automóveis movidos por tração animal.
Tudo isso ocorreu nos EUA, em Chicago, quando o estado já crescia econômica e comercialmente. Quem primeiro percebeu essa demanda reprimida foi Washington Perry Brink (1830-74). Assim surgia a Brink’s City Express, primeira empresa de transporte de valores do mundo.
Quem é da área sabe que a Brink’s existe ainda hoje, inclusive sendo uma das líderes de mercado do segmento. Além do mais, hoje ela já marca presença em mais de 100 países, inclusive no Brasil. Porém, no começo ainda não havia o conceito de “carro-forte”.
Na verdade, em termos técnicos o primeiro transporte de valores no sentido atual ocorreu em 1900 apenas. Foi em relação à folha de pagamento de uma empresa, com dinheiro em espécie (dólares). Em 1917, ocorreu um assalto a esse tipo de carro, o que mudou tudo.
Foi então que surgiu o conceito de carro-forte, já em 1918, com uma blindagem ainda rústica, feita à base de aço. Vale lembrar que o fim da 1ª Guerra Mundial data do mesmo ano. O que também ajudaria na evolução da tecnologia automotiva de blindados, aquecendo o segmento.
No Brasil, a Brink’s chegou pela primeira vez em 1966. Aqui os primeiros carros usados como base foram do modelo Chevrolet C-65, o chassi do Mercedes-Benz L-608 D e o do Volkswagen 6.90. Hoje há diversas marcas na área, como Prosegur, Protege, Preserve, A.S.O e outras.
Por fim, ainda viriam diversas outras tecnologias que agregariam mais valor ao segmento como um todo. Por exemplo, opções de vidros blindados com camadas especiais, tração 4×4 e afins. Sem falar em opções de baú refrigerado, e sistemas de segurança com tecnologias automotivas cada vez mais complexas.
Hoje, existem até caminhões na categoria de “carros-fortes”, como o Mercedes Benz Axor 2644 8×4, da empresa Prosegur (foto acima). E o transporte de bens inclui não apenas dinheiro em espécie, mas também joias, eletrônicos, obras de arte, medicamentos e até armas de fogo.