Ao ler o termo técnico, pode parecer um detalhe ou algo sem importância, mas estamos falando de um conceito fundamental. Na prática, um centro de gravidade do carro mal calculado pode torná-lo mais suscetível a capotamentos. Por isso mesmo, veja logo abaixo o que é esse fator e por que ele importa tanto.
De modo parecido, por aqui também já falamos sobre ultrapassagem segura: veja 5 técnicas para não errar mais. Sobre condução perigosa: dicas para dirigir em estradas sinuosas. E até mesmo sobre direção na chuva e no escuro: confira 5 conselhos para dirigir com segurança nessas situações. Imperdível!
Centro de gravidade do carro: o que é exatamente?
Toda massa ou corpo físico tem um centro de gravidade. Isso vai desde objetos físicos inanimados, até seres vivos, como o próprio ser humano. Por exemplo, as mulheres têm um centro de gravidade na altura dos quadris, e os homens na altura do tórax.
Isso permite que uma mulher, caso engravide, consiga continuar caminhando sem perder o equilíbrio. Ou seja, o centro de gravidade é o local em que há, por assim dizer, maior concentração de peso por parte de determinado corpo ou massa física. No caso dos carros não é diferente.
O ponto de gravidade do veículo é o local para onde todos os fenômenos e todas as forças convergem. Naturalmente, não se trata de uma grandeza física literal, mas sim teorética. Ou seja, trata-se de uma convergência e não de uma soma direta e concreta de grandezas.
Para ficar mais claro, peguemos o exemplo do carro que tem teto solar panorâmico. Neste caso, o vidro pesa tanto que o seu centro de gravidade tende a ser na capota do veículo. Já se o carro é elétrico, o conjunto de baterias que ficam no assoalho pesa tanto que o centro tende para lá.
Centro de gravidade do carro: importância e polêmicas
Do que foi dito acima, já é possível tirar uma conclusão inegável. Que é a de que quanto mais baixo for o centro de gravidade do carro, menor suas chances de ocorrerem capotamentos. E quanto mais alto, maiores as chances desse acidente tão grave.
Infelizmente, as montadoras simplesmente não têm o costume de especificar dados técnicos sobre o centro de gravidade de um automóvel. Isso gera diversas polêmicas, sem sombra de dúvida. A mais famosa de todas é a dos SUVs, que hoje dominam o mercado.
Esse tipo de carroceria se disseminou, mas pelas leis da física e pela própria lógica, elas não são as mais seguras. Inclusive, a NHTSA (sigla em inglês para Administração Nacional de Segurança Rodoviária) já fez pesquisas a respeito. A conclusão é que SUVs e picapes em geral capotam até 3x mais.
Contudo, vale considerar que isso não é uma caça às bruxas. Quer dizer, nem todo carro mais alto é necessariamente mais perigoso. Então seu SUV ou sua picape podem, sim, ser veículos seguros. Tudo depende da distribuição de massa que a montadora projetou em cada caso.
Então, não dá para generalizar sem antes fazer um levantamento técnico de cada projeto em particular. De qualquer modo, as estatísticas também não mentem. Por isso, uma grande dica é adaptar-se e dirigir os carros mais altos com mais cuidado, sobretudo nas curvas.